«No fracasso, há algo dentro de mim que se destrói. Destrói-se aquilo onde depositei as minhas esperanças. O importante, numa situação tão crítica como essa, é que eu próprio não seja destruído (…) No entanto, se entender esta situação como algo que se rompeu em mim para que o meu verdadeiro núcleo se manifeste de forma mais clara, poder-me-ei reconciliar com o fracasso. Nesse caso, isso não me rouba a minha dignidade e também não me oprime».

O livro das respostas, Anselm Grün, (Paulinas, Lisboa, 2008).

Não há coincidências. Por isso achei interessante ter lido hoje este pequeno excerto num dos muitos blogues que acompanho diariamente. 

Ontem, numa das cada vez melhores sessões de formação para Moçambique, falamos de pontes, de projectos, de caminhos, e, fundamentalmente, de encontros e desencontros. Uma das palavras que recortei foi justamente fracasso. Porque conheço bem o seu sabor, porque conheço bem o seu poder destrutivo, mas também porque sei bem como nos pode alicerçar na vida se tivermos quem nos faça sentir amados. Apesar de tudo.

Foi muito bom, ontem. Pela primeira vez abordamos o tema da fé, rezamos juntos, começamos a destapar-nos, a  baixar as defesas, a construir uma intimidade comum a todos. Isso será fundamental quando estivermos longe dos lugares e das pessoas onde nos refugiamos habitualmente, quando a saudade apertar, quando o cansaço incomodar verdadeiramente a ponto de criar mossas.

Ainda ontem dizia que se eu tivesse podido escolher com quem queira ir a Moçambique teria escolhido justamente aqueles. Gostaria de ter mais alguém - sinto a falta do Manel - mas não gostaria de abdicar de quem quer que seja. Acredito que irá ser uma grande aventura para todos nós, uma daquelas experiências que nos deixarão uma marca indelével. Para o melhor e para o pior.

Acredito que, com o grupo que temos, tudo correrá pelo melhor.

Já falta pouco!!!!


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