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A mostrar mensagens de agosto, 2021
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  Há imensa irracionalidade nestes temos que vivemos. Venho à net e, no mesmo minuto, deparo-me com o sol e a escuridão total e absoluta. Por um lado, as imensas fotos de praias e férias e alegria e dolce fare niente; e no separador à direita relatos de uma dor e crueldade incomensuráveis, inimagináveis para quem nunca soube o que é viver em estado de guerra. Num minuto, preocupo-me com as coisas comezinhas, insignificantes, risíveis, do meu quotidiano - para mais em férias - e, nesse mesmo minuto, desvio os sentidos do terror que entra por mim dentro através das redes sociais e dos canais de comunicação. Entre um lugar e outro habito eu. Habitamos nós. Nas nossas conversas no jantar de ontem alterávamos de tema e de expressão facial consoante o tema e de estado de espírito dependendo do que discutíamos. Ao riso solto e franco sucedia a apreensão dura e calada. E falamos disso. Como é possível vivermos assim?  Como é possível? É possível. Tem que ser possível. Este não é, aliás, um exc
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The Long Road by Passenger https://www.youtube.com/watch?v=Pne7xGPaokA You've walked the long road and you've worn it well You stitched yourself up when you fell Keep your memories in jars Carry secrets in scars Beneath your shell You've seen some good days, and some bad ones too You weave through fashion and trend You've seen a sun rise on an ocean blue You've seen it set for the dearest of friends You found faith but you, chose to doubt it You found love but you, left without it And now you don't want, to talk about it You travelled down through foreign lands Touched mountain tops and golden sand Seen pyramids and temples made of stone Keep seashells in a cashmere scarf A treasured book of photographs  In every single one you stand alone You've seen Vienna and the Berlin wall As you watched the decades fall The letters that you wrote never made it home Your birthdays flew past like June With Christmas days in hotel rooms And new years eve with people you d
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"Estás mudado. Antes não pensavas assim, tão livremente. Nem concedias essa liberdade de pensamento aos outros." Não foi bem com estas palavras mas, atendendo ao contexto da discussão - as diferentes formas de viver a fé - era esta a intenção. Noutros tempos tivéramos auditivos e desbragados debates durante os quais eu era, invariavelmente, acusado de ter palas nos olhos e de não saber ver as coisas como as coisas são. Eu sentia-me ofendido com tamanha acusação, tão injusta e tão cega... e, pelo menos por vezes, tão verdadeira. A verdade é que fui aprendendo. Vou aprendendo. Muito por causa dos meus filhos, de ter que aprender com as suas - mais que legítimas, incentivadas - escolhas. O problema dos ideais é que facilmente me esqueço que eles habitam o mundo das ideias. São metas, são objetivos, são horizontes, mas raramente são o chão que tenho sob os meus pés. Esse é sempre mais duro, mais cinzento, menos claro, com nuances que me provocam mais dúvidas que certezas. Normalm