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Hoje estou de baixa. Pela primeira vez desde que comecei a trabalhar, já lá vão 39 anos! E foi quase uma imposição da minha médica de família, que quis assegurar a possibilidade de eu ter, efetivamente, contraído o COVD-19. Estou confinado ao quarto das minhas filhas, a comida é-me colocada à porta e isso tudo é muito esquisito. A Isabel dorme no quarto ao lado mas para todos os efeitos é quase como se estivesse do outro lado da vida. Tenho a certeza quase absoluta que isto é apenas a gripe que costumo apanhar por volta desta altura e que se os tempos fossem outros hoje eu já teria ido trabalhar, apesar da febre. Mas muita coisa mudou ao longo deste ano e o medo instalou-se e a pulsão que todos sentimos é a de que mais vale prevenir. As notícias são muito más dia após dia e o que eu não queria mesmo era engrossar o número dos hospitalizados. Nem sequer é por mim, mas por aqueles que estão há tanto tempo a lidar com tudo isto e que a última coisa que necessitam é de uma marmanjão com qu