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A mostrar mensagens de junho, 2016
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Apesar de ser um otimista nato, não sou um inconsciente. E estou preocupado. Com toda esta deriva de violência e extremismos que quase todos os dias nos assalta o quotidiano e perturba a consciência. Eu sei que a maior parte dos acontecimentos é potenciado pela velocidade das redes sociais que fazem com que tudo o que acontece no mundo aconteça aqui e agora. Eu sei que, por causa disso, tendemos a fazer nossos todos os problemas, todos os massacres, todas as discriminações que acontecem do outro lado do mundo. Mas também sei que todos os problemas, todos os massacres, todas as discriminações são efetivamente nossos, onde quer que aconteçam. E que, por isso, as redes sociais não são um alvo a abater mas a admitir, primeiro, e a admirar depois. Claro que nos roubam o sossego, claro que nos entorpecem, claro que nos insensibilizam, mas também nos mobilizam e nos desviam do cuidado hiperatento que temos com o nosso próprio umbigo. Eu sei História. E sei como, em milhares de anos de c
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De vez em quando converso com pessoas que entraram em stand by. Como se fossem meras peças de uma máquina maior, como se apenas desempenhassem funções, sem as ligar à substância da vida, desligando-se elas mesmas da substância da vida. De comum, dizem que não acontece de repente, mas através de uma espécie de letargia que se vai instalando e, às tantas, apenas fazem. Não pensam (a não ser em termos profissionais), não sintem (a não ser o que têm que sentir para fazer), e arrastam o cadáver, como diz o meu bom amigo PM. Como consequência, o inevitável vazio que sempre anda de mãos dadas com a letargia e o deixar correr.  Mal o tempo mo permitiu, retomei as minhas caminhadas matinais. E, com elas, a sentir a vida a regressar ao meu quotidiano. Apesar de o fazer há bem mais que um ano, sinto que estou ainda em fase de descoberta. Novos sons, novas cores, novos cheiros, que potenciam novos olhares sobre os apenas aparentemente mesmos lugares. Até as pessoas que passam por mim - ca