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A mostrar mensagens de outubro, 2018
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Hoje, enquanto caminhávamos numa das mais belas manhãs deste dia (um dia cheio pode ter muitas manhãs) dei comigo a pensar e a partilhar esta sensação que tenho nos últimos tempos que tudo na minha vida confluiu para que tudo seja exatamente como é. É uma lapalissada, certamente, mas eu esqueço-me desta verdade demasiadas vezes. Quando restropetivo tendo a desvalorizar alguns acontecimentos - normalmente os dolorosos ou, pior que isso, os vergonhosos - como se a minha vida pudesse ser o que é em cada momento sem a aprendizagem que a dor e a vergonha me ensinam. Hoje de manhã - ultimamente, na verdade -sentia-me completo, inteiro, entrado nos eixos, dando a cada coisa o seu devido valor, dando a cada momento o seu tempo, dando à vida o seu espaço próprio, natural, permitindo-me usufruir por inteiro de cada pedacinho seu. Como se estivesse a sugar a vida até ao tutano, utilizando uma das minhas referências cinematográficas. Talvez envelhecer seja isto. Espero que envelhecer sej
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Sempre que leio a notícia da morte de alguém famoso sinto a mesma inquietação: como terá morrido? Como que vida interior terá morrido? Com que sensação terá morrido? Que medos, receios, dúvidas ou certezas o assaltaram no exato momento em que soube que morria? Poderá parecer, mas esta inevitável inquietação nada tem de mórbido. De há uns anos para cá que a morte tem sido uma companhia tão natural e quotidiana como a própria vida. E isso não me impede de viver e aproveitar a vida, pelo contrário: põe todas as coisas sob um novo olhar, sob uma nova perspetiva. Depois, a escolha é minha, de permitir ou não que a morte interfira na vida ou, sendo inevitável que isso aconteça, em que medida permito que a morte se intrometa na vida. Saber-me finito e preocupar-me memória tem, efetivamente, um determinado peso no que sou, digo e faço. Se àquela finitude juntar então a infinitude de Filho - que acredito que sou - percebo que tudo ganha uma matiz diferente, um outro peso, uma outra import