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A mostrar mensagens de julho, 2016
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Disse que tinha que ir abandonando os pontos de interrogação. Surpreendi-me quando verifiquei que conseguia meter toda a minha vida numa pequena colagem de frases e imagens escolhidas quase ao acaso. Não acredito muito em acasos. Acredito com maior facilidade em milagres e, particularmente, em sinais de Deus. Os acasos acontecem quando andamos à procura deles e estamos atentos aos sinais. Parece que as coisas caem no nosso colo vindas do nada quando, na realidade, estiveram sempre lá e apenas lhes demos um outro sentido. Ter, diante de mim, aquele pequeno cartaz com frases e imagens recortadas a partir de duas ou três revistas e ver aí tudo o que me é verdadeiramente importante foi pouco menos que uma revelação. Principalmente quando elevei o olhar e me comparei com outras colagens e escutei as suas explicações. Creio que foi a primeira vez que tive a sensação que eu estaria mais arrumado que confuso, mais assente que navegante, mas convicto que inseguro. Tens que ir abandonand
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Não acredito - nunca acreditei! - que a fé é um dom destinado apenas a alguns - poucos - predestinados; nunca acreditei que os milagres - nos quais acredito - tenham um alvo específico, e muto menos que esse alvo seja alguém que é comummente visto como "puro" ou "crente"; nunca acreditei em pessoas particularmente "puras" ou "crentes", sem os inúmeros fantasmas que nos habitam e nos obrigam a discernir; nunca acreditei em supers - super homens, super mulheres, super poderes, super iluminados - e muito menos em supers à custa de uma bênção particular divina; nunca acreditei que um terço pendurado no espelho do carro ou no bolso traga mais sorte que um trevo de quatro folhas ou uma perna de porco embalsamada; nunca acreditei em fezinhas ou fezadas ou rezas ou feitiçarias ou responsos ou o que quer que seja que pretendam atrais um olhar especial sobre o que quer que seja. Acredito num Deus que nos olha com amor, por amor, e com amor cuida de ca