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A mostrar mensagens de novembro, 2022
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Vou lendo aqui  https://www.americamagazine.org/faith/2022/11/28/pope-francis-interview-america-244225 com calma, saboreando, a entrevista que o Papa deu a um orgão de comunicação social norte americano. Não li tudo, ainda, porque gosto de ir toando notas, refletindo, por partes, deixando que as palavras ecoem em mim e tenham a necessária repercussão na minha vida. Nada do que leio na e da Igreja me é estranho, me é inócuo, promove sempre uma reação - por vezes meramente instintiva - da minha parte. Ou concordo, ou discordo, mas tomo sempre uma posição.  Na parte desta entrevista que já li, quando inquirido acerca da Conferência Episcopal americana, o Papa responde que para ele o que é importante é a relação sacramental entre o Bispo e a sua comunidade. O resto é organizacional. Sorrio. Não poderia esta mais de acordo. E extrapolo: o importante é a relação íntima de cada cristão, de cada pessoa com o Pai, com Jesus Cristo, mergulhado no Espírito. A Igreja é, para o cuidado e o crescime
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Tenho, não o hábito, mas o propósito, de rezar todos os dias. Para além de fazer parte do que faço - toda a minha vida profissional gira em torno de Deus - faz parte do que sou - toda a minha vida acontece, efetivamente, com Deus dentro. Rezar é-me, por isso, tão natural quanto respirar. No entanto, há dias em que sinto uma imensa saudade de rezar! A verdade é que os dias se vão sucedendo uns aos outros, as pequenas questões, os pequenos trabalhos, o pequeno quotidiano vai avançando, e eu vou saltando pelos dias, com a leveza de um hipopótamos, de nenúfar em nenúfar, tentando manter o equilíbrio impossível, dando-me por satisfeito por chegar ao final do dia vivo e, ainda por cima, satisfeito com o mínimo de eficácia conseguido. E sinto imensa falta da paragem, do nosso mútuo diálogo interior, na serenidade, no encontro profundo, na mútua redescoberta. Sinto a falta do clima interior de Taizé, daquele ritual de chegada à capela, do meu destapar - tiro o gorro, o cachecol, dispo o casaco
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Volta e meia sinto-me sozinho nesta Igreja que amo e à qual dedico grande parte da minha vida. Não é coisa que me custe assim por aí além, nem é coisa de agora. É de sempre. Provavelmente porque sou um tardio na fé, porque nasci no seio de uma família que ainda não era católica, porque apenas com cerca de 15 anos, e por vias travessas, descobri a imensidão de Jesus, provavelmente por isso tudo e mais alguma coisa, há aspetos na Igreja que eu não entendo e por isso não posso defender. Um deles, que vem recorrentemente à liça, é a questão do purgatório, que está ligado às almas que se pretensamente se salvam graças à nossa oração, que está ligada às intenções das missas e isso tudo. Eu acredito num Deus infinitamente bom, num Deus que espera até à ultima para acolher quem O busca, um Deus que não depende em nada dos homens a não ser para Lhe abrirmos a porta. Acredito, por isso, em termos meramente hipotéticos, na existência do Inferno, que é "apenas" a negação de Deus. Outra d