202008271453
Recordo uma deliciosa conversa de muitos anos: eu, um padre e um amigo então ligado à comunicação social. Eu, na altura como sempre à procura de segurança, perguntei se não seria melhor termos orgãos de comunicação social confessadamente católicos. Dessa forma, argumentava eu, saberíamos exactamente em que acreditar. O padre encolheu os ombros e o meu amigo, então ligado à comunicação social, disse logo que não, que o melhor era que os católicos que trabalham na comunicação social fossem verdadeiros e dessa forma tudo seria melhor. Serviu-me de exemplo e desde então tomo essa maneira de fazer como boa para tudo: é-se testemunho no que fazemos qualquer que seja o lugar, altura ou disposição. Ontem lembrei-me desta conversa quando vi que um partido que eu desconhecia mas se intitula democrata cristão se vai aliar ao Chega. Incomodou-me, claro. Não tem tanto a ver com o Chega - mas tem um bocado, confesso - mas com a audácia de um partido se auto-intitular democrata cristão. Eu entendo qu