Hoje, ao longo do dia, tive a visita de alguns amigos.

Refiro-me àqueles alunos que volta e meia me visitam para me matar as saudades. Não vêm apenas por minha causa, claro, mas depois de estarem com os professores que eventualmente mais os marcaram, arranjam uns minutos para virem cá acima, para estarmos juntos, conversarmos um bocado, revisitarmo-nos nas nossas memórias, e cada um volta depois à sua vida.

É muito giro este on-off de quem se gosta. Não precisamos de estar em permanente contacto, não precisamos de muito tempo de conversa, não precisamos até de grandes novidades uns dos outros. Por vezes tenho até a sensação que eles precisam justamente que nem existam essas novidades mas que as coisas estejam tal como as recordam. Regressam ao lugar onde foram felizes para estarem um pouco com as pessoas com quem, em determinada altura, foram felizes, sabendo todos que a vida já não passará por nós mas por outras vidas. E que é assim que deve ser.

Apesar das enormes dificuldades que por vezes ainda sinto - Santiago foi o exemplo mais recente! - o Mestre Tempo tem-me vindo a ensinar a soltar as amarras e deixar que naveguem em mar alto. Fico sempre muito feliz com a sua companhia, mas também fico feliz porque partem a saber navegar, e fico ainda mais feliz quando sei que encontram sucesso nos vários portos de abrigo por onde passam.

Afinal, é justamente para isso que levam tanto de nós.

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