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A mostrar mensagens de setembro, 2022
Politicamente, não sou nem de direita nem de esquerda, sou adepto da Doutrina Social da Igreja que, como deve ser, bebe em ambas as margens, sem exclusividades nem radicalismos. No centro está sempre a pessoa, na sua circunstância, na sua luta, fundamentalmente no seu direito à dignidade - e quantas vezes é a própria Igreja a esquecê-lo! Tenho, por isso, uma costela de esquerda no que toca à defesa intransigente dos que mais precisam e se encontram indefesos perante um capital que é demolidor na sua cegueira de busca incessante do lucro; e uma costela de direita perante aqueles que se querem substituir às pessoas e ao seu direito a construir um futuro devidamente recompensado pelo seu esforço e mérito. Esquerda e Direita não me assustam, por isso. O mesmo já não posso dizer dos extremos, quaisquer que eles sejam. Porque vêm da cegueira ideológica e conduzem à cegueira ideológica, à desatenção pelas pessoas concretas nas suas situações concretas e se guiam por agrupamentos ideológicos q

A técnica do Pateta

Perceber que a sabedoria é sempre sábia, qualquer que seja a sua origem, sempre foi um dos meus melhores instintos. Isso permite-me a gratidão de aprender, todos os dias, com as mais diversas pessoas e situações. E sempre foi assim. Ainda agora, em conversa mais ou menos divertida, dizia que este ano irei aplicar o Técnica do Pateta. E recontei como, em miúdo, me ficou marcada uma pequena BD em que o Pateta, por castigo, se viu forçado a varrer todo o pavimento até Roma. Quando o Mickey lhe perguntou como iria cumprir essa impossível tarefa, o Pateta respondeu "é fácil: varres um quadrado, respiras, varres o quadrado seguinte, respiras..." Este ano irei tentar fazer isso mesmo: concentro-me na tarefa que tenho entre mãos, respiro, concentro-me na tarefa seguinte, respiro... Na verdade, a sabedoria, quando é verdadeiramente sábia, é de uma simplicidade que estranha.
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    Recebi, logo de manhãzinha, a mensagem de uma amigo: "Parabéns, 17 anos é muito tempo!" Sorri. Sim, é muito tempo. Mais do que estive ligado a qualquer outra organização. Foram também muitos (e bons e, sobretudo, fundamentais) anos na G2E, alguns outros na minha empresa e, finalmente, o restante aqui, nesta casa. Vi a sua mensagem no momento em que entrava para a capela do colégio e me sentia invadir por aquele maravilhoso sentimento do regresso a casa. Foi, aliás, isso o que respondi: "não é muito tempo, quando te sentes na casa da família". Sim, isso é uma bênção. Uma verdadeira bênção. Não tardaram a chegar os rostos conhecidos, os rostos amigos, com a (passageira) jovialidade de quem regressa de férias. Alguns deles são também, para mim, regresso. Ás boas conversas, ao conhecimento mútuo, à mútua entrega na confiança, aos enormes desafios que nos esperam a todos ao longo deste ano que agora se inicia.  Algures na minha vida, já me foi extremamente penoso ir