Há lugares por onde passo todos os dias. Sem sair do sítio. Fisicamente, claro, porque esses lugares que visito todos os dias têm o condão de me transportar para longe de mim. Lugares que me fazem rezar, dar Graças, com a maior das facilidades; lugares que me questionam, me interpelam profundamente; lugares que me recordam pessoas e momentos e outros lugares onde fui feliz... ou infeliz; lugares que, invariavelmente, enriquecem os meus dias. e me tornam mais rico, claro. Vejo das mais belas e mais inspiradoras fotos que alguma vez vi, de lugares, esses sim, físicos, de pessoas, de sorrisos, de alegria, dor e sofrimento. Mundos completamente diferentes do meu mundo de todos os dias mas que, ao fim de algum tempo, começam a ser também parte do meu mundo. Leio dos mais belos e inspiradores textos, artigos e notícias, publicados aqui na esquina ou do outro lado do mundo, emociono-me, por vezes sorrio como um tolinho, aparentemente sozinho, mas de alguma maneira em boa companhia. Outras vezes zango-me, a sério, incrédulo com tamanha estupidez e tacanho. E encontro-me! Muitas vezes! Comigo, por intermédio do que vejo e leio, pelas viagens que me fazem fazer, bem cá por dentro. Encontro-me com amigos, amigos mesmo, velhos e novos, de carne e osso, que habitam algures dentro de mim e revisito-os, reescuto-os, relembro algumas das nossas conversas, das nossas viagens, nessa viagem que é, por momentos, também nossa. Encontro-me também com amigos que nunca conheci mas cujas reflexões merecem o meu respeito, a minha admiração, embora nem sempre a minha concordância. Em todos encontro-me com Deus. Nos que me fazem sorrir e zangar, nos que me emocionam e me revoltam e me questionam e me fazem tentar descortinar como havemos de dar a volta à situação, nos que me interpelam de alguma forma, porque acredito que me encontro com Deus em tudo menos na indiferença, que creio ser o maior dos pecados porque é a única coisa que me desvia o meu olhar do seu olhar. Verdadeiramente!

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