Creio que foi na semana passada que a Sábado publicou um artigo sobre as dietas recomendadas para cada faixa etária. Lá fui eu direitinho ver a dieta que me era recomendada. No final, no entanto, reparei que estava a ler a dieta indicada para a faixa etária anterior à minha. E não foi por engano de paginação, mas engano de posicionamento: eu tardo em convencer-me da idade que tenho.
No meu tempo de miúdo, um homem com cinquenta anos era um velhote. Ponto. e ria-me quando eles se referiam aos da sua idade como "aquele rapaz". Como era possível? Agora, como eu os percebo! Apenas há pouco temo é que me comecei a habituar ao Sr. com que me interpelam aquele que não me conhecem. Tenho ainda dificuldade em que os alunos, por exemplo, não me tratem por tu, mas percebo que isso facilita tudo. Mas ver-me colocado numa faixa etária que vai dos quarenta aos cinquenta e cinco anos não cabe ainda na minha cabeça. Até porque estou mais perto do seguinte que da anterior.
Não tenho medo de envelhecer. Nunca tive. Sempre me pareceu uma idade de sábios, daquela sabedoria que não se transmite nos livros, mas conseguida à custa da vida. quando me imagino velhote, vejo com facilidade a minha farta barba branca, o meu cachimbo, os meus livros, a minha casa de madeira à beira de um lago sempre cheio de sol. Um Sean Connery cheio de charme e sabedoria que acaba os seus dias a transmitir sabedoria. Claro que é apenas imaginação, porque  o que me esperará, na melhor das hipóteses, é uma casa cheia de netos e com muito pouco sossego.
Deus seja louvado!

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