Pensar é absolutamente fundamental para mim. Há muitos anos via com os meus filhos uma animação em que a sociedade estava organizada entre thinkers e doozers. Eu sou um thinker. Gosto muito de fazer coisas, de ter os meus dias preenchidos, de andar a correr de um lado para o outro. Mergulho de cabeça com o meu trabalho, que poucas vezes sinto como tal, e apercebo-me do dia que passou apenas quando, à noite, caio na cama e passo em revista o que fiz e o que não consegui fazer. Os dias sucedem-se, as semanas sucedem-se, e às tantas eu á nãos ei a quantas ando. É por isso que eu sou um thinker. Eu preciso de desligar o piloto automático e de dar um sentido a isto tudo.
Tenho um curso para acabar, a minha tese para apresentar e não tenho tido sequer disponibilidade mental para pensar nisso. De correria em correria, chego ao fim do dia completamente exausto e afundo no sofá, de onde saio apenas para ir para a cama. Sabe bem? Claro que sim. É bom para mim? Claro que não. Deixo-me enredar com extrema facilidade no quotidiano mas às tantas sou acompanhado por duas coisas que me são destrutivas: a sensação que a vida me passa ao lado e a culpa de não aprender mais. à minha volta começam-me a perguntar se estou bem, dizem que a minha cara se fecha, que o sorriso é menos frequente e às tantas eu acordo: tenho que me retomar.
E hoje é um dia tão bom como qualquer outro para o fazer.
Mãos à obra.

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