Há muitos anos deram-me um livro do Paulo Coelho como indireta. As nossas muitas conversas e partilhas desembocavam sempre na posse. Ou melhor, na minha clara pulsão para de alguma forma controlar aqueles que amo. Quem mo ofereceu não duvidava do meu amor, da minha capacidade de amar mas, pelo contrário, da forma total e totalizante com que o fazia, dizendo-me algumas vezes que corria o risco de asfixiar. Naturalmente, como sempre me acontece com os que me amam verdadeira e, sobretudo, desprendidamente, cocacolizei aquela evidente idiotice, estranhando-a antes e entranhando-a depois de pensar nela com calma. E com alma. O que é certo é que aquele livro e aquelas conversas e aquelas idiotices evidentes transformaram a minha forma de amar.
Os meus filhos que o digam!

Hoje acordei muito tentado a fazer uma pesquisa numa qualquer rede social. Seja pelas conversas que tenho noite dentro, seja pelos sonhos que tenho noite fora, seja pela vida que me pulsa a cada momento, o que é certo é que tenho tido por companhia uma questão daquelas que, sendo simples, podem ser traiçoeiras.
Afinal, amar serve para quê?

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