20140502
«Está aqui um rapazito q ue tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta gente?» Jesus respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar e os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os peixes; e comeram quanto quiseram.
Sempre me fascinou esta passagem do Evangelho, que é a de hoje. Fazer muito do quase nada que se tem é, no fundo, o destino de todos nós. Conheço muita gente boa que desconhecia os seus dons, as suas capacidades. Que toda a vida lhe fora dito que era pequena, e que se devia manter pequena, deixar o importante para quem sabe e pode. E que depois desabrochou, explodiu, e se tem multiplicado e feito outra gente boa com a sua partilha.
Há uns anos conheci um grupo paroquial que desta passagem fazia vida concreta, de todos os dias. cinco famílias organizavam-se e ajudavam outras duas em dificuldades. Apoiavam-na em tudo o que fosse preciso. Os pais ajudavam no aconselhamento e até na supressão de carências materiais; os filhos ajudavam nos estudos, todos ajudavam na restituição da dignidade. Fazermos da palavra vida é, porventura, o maior dos desafios que nos é pedido todos os dias.
Não consigo deixar de pensar que o nosso principal papel é semear. E que todos acabamos por semear. Resta saber o quê.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Bambora
Não é estranho que nos digam que «ser homem é muitas vezes uma experiência de frustração». Mas não é essa toda a verdade. Apesar de todos ...
-
Somos bons a colocar etiquetas, a catalogar pessoas, a encaixá-las em classes e subclasses organizando-as segundo aspetos que não têm em c...
-
"Guarda: «Temos menos sacerdotes e, por isso, precisamos de valorizar, cada vez mais, os diferentes ministérios e serviços laicais nas ...
-
Sou contra o aborto. Ponto. Sou-o desde sempre. A base da minha posição é simples: acredito que a vida começa com a conceção. Logo, não é lí...
Sem comentários:
Enviar um comentário