Tento sempre não cristalizar. Ficar atento ao que me rodeia, ver com olhos de descobrir, ponderar e voltar a ponderar, soltar-me as amarras. O vício do novo acompanha-me desde que sou gente: as notícias, a informação, as últimas tendências, exercem sobre mim um fascínio que não consigo explicar. Ao mesmo tempo, no entanto, e contraditoriamente, um enorme respeito pelo velho, pelo sábio, pela história, da vida e das pessoas, constitui uma âncora absolutamente imprescindível que me impede de navegar ao sabor das marés. Tentar conciliar estas minhas duas vertentes torna-me contraditório e difícil de ler aos olhos alheios.
Tenho um lado inato para ser advogado do diabo. Numa discussão, se muita gente puxa para um lado, a minha tendência natural é ver o outro lado da questão. Têm-me acontecido alguns olhares surpreendidos à custa disso. Como eu os compreendo!

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