Detesto as ligações, às claras ou não, de alegria, festa, divertimento, com o álcool. Quando a minha filha chegou à faculdade teve que levar com n avisos da minha parte a alertá-la para esse verdadeiro flagelo. Ainda na semana passada, enquanto ouvia mais um podcast do "O Amor é", o Prof. Júlio Machado Vaz falava nisso, no perigo do álcool institucionalizado, de tal forma enraizado na nossa sociedade que tudo o que é importante tem que ser bem "regado" porque senão não fica baptizado como deve ser.
Apesar de gostar de beber, com muita moderação, não posso com bêbados. Acho verdadeiramente inacreditável as cenas degradantes das praxes e da Queima das Fitas, das noites, onde malta nova se arrasta e se deixa arrastar porque bebeu uns copos a mais. É um negócio com uma margem de lucro verdadeiramente inacreditável onde as pessoas ganham verdadeiras fortunas à custa da miséria e do descontrolo alheio.
Todos os sábados levanto-me bem cedo para ir levar uma das minhas filhas à GNR do Porto para a equitação. A quantidade de copos de plástico e de lixo e de garrafas partidas e de coisas vomitadas naquela zona àquela hora é revoltante. Por todo o lado, naquela zona, àquela hora, vemos restos de tudo, absolutamente tudo, porque os meninos e meninas nem sequer se dignam a enfiar o seu próprio lixo nos sítios adequados para o efeito. Por todo o lado, naquela zona, àquela hora, vemos um batalhão de funcionários a varrer tudo, a lavar tudo, numa operação que, calculo, não deve ficar nada barata.Por todo o lado, naquela zona, àquela hora, vemos colegas a arrastarem outros colegas perdidos de bêbados, miúdos e miúdas que ainda deviam estar ainda sob a alçada dos pais nas cenas mais degradantes e mais nocivas para a sua própria saúde.
Eu, que até gosto de um bom vinho, de uma boa aguardente, ou de um bom single malt, não consigo perceber como ninguém se preocupa em acabar com este verdadeiro flagelo.
Não posso com bêbados. Seja porque motivo for.

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