Submerso pelo que tenho que fazer, lá vou dando Graças. Pelo imenso que tenho que fazer. Eu sou o exemplo vivo da imensa sabedoria do Padre Américo, para quem o que importava era ocupar os jovens. Nem que fosse, hoje, pegar num paralelo daqui para o colocar acolá apenas para depois, amanhã, o retirar de acolá e voltar a colocá-lo aqui. Enquanto se faz, não se pensa. Faz-se. Anda-se meio entorpecido, meio adormecido pelo imenso e as coisas vão sendo varridas para debaixo do tapete à espera de melhores dias. O problema é que há coisas que não acabam por decreto. Nem que seja interior. Ou o meu botão on off está está como tudo o resto em mim, tem falta de pilhas, ou então não percebo nada disto. Eu não consigo ligar e desligar das pessoas e dos acontecimentos das pessoas, e do espaço que elas ocupam cá por dentro, apenas porque me apetece. Eu até posso discutir e chatear-me e detestar o que oiço e até - caso raro - achar tremendamente injusto quando me acusam de alguma coisa, que isso não muda absolutamente nada. Devo ter um defeito de fabrico qualquer que faz com que permaneça apenas o que de bom dissemos e fizemos e sentimos e vivemos e tudo o resto se apague com uma rapidez estonteante. Perco a memória das discussões, do desagradável, das acusações, e até da dor sentida - a provocada faz parte do departamento dos inamovíveis - e recordo, e sinto, e revivo, efetivamente, a doçura e o olhar e a voz e outras coisas que tais que me dificultam a ausência de forma irremediável. E depois acontece-me o que aconteceu hoje, durante a eucaristia, em que os sentimentos vêm todos ao de cima ao mesmo tempo e é o cabo dos trabalhos.
Enfim!!!

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