Volta e meia ainda sigo bons conselhos. De pessoas em quem confio, a quem reconheço sabedoria profunda e que sei que me amam profundamente e por isso me posso entregar a elas completamente sem rede. Como digo algumas vezes, pessoas assim não têm idade, raça ou género, têm alma, que normalmente é o nosso ponto de partida desse encontro mútuo.

Comecei este ano com vários propósitos e um deles é justamente, seguindo (lá está!) um bom conselho, redefinir rumos. Pode parecer estranho porque ainda este ano pretendo festejar o quinquagésimo aniversário e por isso tudo deveria estar já consumado, mas assim que me recolho parece-me sempre que está tudo muito mais para o consumido que para o consumado e descubro sempre que há ainda muito caminho para fazer.

E este parece-me um bom ponto de partida. O que me consome? O que me impele a irrequietude e os bichinhos carpinteiros que me impedem de serenar? Porque não estou eu ainda em condições de serenar? O que me falta? O que me sobra? O que me faz ainda correr atrás do carro que passa, como fazem os cães vadios?

Sempre me orgulhei de ser um bom reator. De ir sabendo viver com o que a vida me vai dando, moldando-o e moldando-me, transformado-o e transformando-me, adaptando-o e adaptando-me conforme ia podendo e conseguindo e as circunstâncias mo iam permitindo. Agora parece-me que o tempo poderá ser outro: o de ir eu a jogo. Mas para isso preciso de saber qual é o jogo que quero jogar e que cartas tenho eu na mão para poder jogar. Parece-me uma grande tarefa para o meu quinquagésimo. Será do 25?

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