20130308
"Deus criou a vida.
Os filósofos complicaram-na.
As mulheres tornaram-na num inferno...hmmm! Tão agradável!"
Tony
Quem me conhece minimamente sabe como admiro as mulheres e como são importantes para o meu equilíbrio emocional. Não me refiro sequer às principais protagonistas do meu enredo - a minha mais-que-tudo, as minhas filhas, a minha mãe e avó, a minha irmã, a minha sogra, a minhas cunhadas (é, estou rodeado de mulheres, Graças a Deus!) - que reservam, naturalmente, um papel especial na minha vida, no qual a sua condição feminina é absolutamente fundamental.
Desde que me conheço que me sinto bem no meio do sexo feminino. Têm o complicómetro sempre em on, têm montes de minhocas na cabeça, encontram sempre formas inovadoras e absolutamente inesperadas de interpretar o que dizemos na mais pura das inocências - sim, porque nós, homens, somos sempre puros e inocentes com as mulheres - são um enigma total e absoluto... são isso tudo, mas são, fundamentalmente, as grandes portadoras da beleza. Interior e exterior, naturalmente.
A maioria dos meus amigos são mulheres. Talvez porque, uma vez estabelecidas as condições necessárias, não hesitam em baixar as muralhas e em se dar a conhecer. Tenho, com amigas - novas e velhas, que nestas coisas a idade não importa assim tanto - conversas que procuram uma profundidade que, para acontecerem com um amigo, necessitariam de condições muito mais específicas e difíceis de encontrar. Noto, em quase todas elas, uma sede de confiança, uma fome de segurança, uma busca de refúgio que, uma vez encontrados, assegurados e reassegurados e confirmados ainda, as desbloqueia e nos transporta a ambos para novos patamares de descoberta e de sabedoria que me tornam invariavelmente mais rico.
Foi muito revelador para mim quando soube que o Banqueiro dos Pobres, o Muhammad Yunus, financiava com muito mais facilidade as mulheres que os homens. Segundo ele, essa seria a melhor forma de assegurar que o dinheiro seria aplicado na melhoria das condições de vida, nomeadamente dos filhos, e não na taberna. Esta generosidade feminina - que, convenhamos, dificilmente acontece entre mulheres - criou em mim, há muito tempo, a convicção profunda que Deus é mulher. Aliás, se assim não fosse, nunca a mulher teria o privilégio supremo que é gerar em si novas vidas. Se Deus nos ama a todos mesmo antes da concepção, naturalmente que escolheria o melhor da sua criação para acolher o fruto do Seu e nosso Amor.
No entanto, detesto o Dia da Mulher. Porque a equipara às árvores, ou aos animais, ou à natureza... porque a menoriza aos olhos de todos. Porque nos lembra que, algures na História, cometemos tantas camelices que sentimos necessidade de nos lembrarmos que a mulher tem direitos. Detesto a necessidade (?) deste dia, como detesto esta moda recente dos discursos - "Agradecemos aos portugueses e às portuguesas..."; "Pedimos hoje pelos Homens e Mulheres..." que, estou convencido, mais não fazem que acentuar uma divisão quando se deveria realçar e agradecer a complementaridade. Num mundo ideal, as mulheres seriam sempre tratadas como princesas belas e frágeis por homens capazes de ultrapassar a sua natural e omnipresente rudimentaridade.
Machismo? Talvez. Mas creio que, no fundo, o que detesto é o receio que as mulheres queiram abdicar do que melhor têm para nos dar (a nós, homens e ao mundo): a sua absolutamente fundamental, saborosa e insubstituível feminilidade.
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