20120412
Penso frequentemente que a minha situação quotidiana natural é de espantamento. Um pouco como quando era puto e passava em frente ao Bazar Paris, em Sá da Bandeira, e via a imensidão de brinquedos, absolutamente inacessíveis, que estavam na montra, e depois me atrevia a espreitar, da porta - da qual nunca passei - aquele imenso céu de bonecada com a qual eu nem sequer sonhava, de tal forma me era interdita.
Hoje, esse espantamento não desapareceu. Anda por cá dando cor aos meus dias e fazendo-me acreditar no futuro. Naturalmente, já não tem como objecto brinquedos mas pessoas, de todas as idades, de todas as situações, com quem todos os dias me vou deparando e com quem vou aprendendo tanto!
Quando lhes digo como as admiro - há já muito tempo que aprendi como é bom dizer às pessoas o que gostamos nelas - invariavelmente olham para mim incrédulas como que à espera do que lhes vou pedir a seguir. A verdade, contudo, é que sinto mesmo admiração pelas suas capacidades, pela sua entrega, por serem capazes de fazerem das suas vidas muito mais que mera rotina.
E o melhor é que, particularmente nos últimos anos, tenho vivido rodeado de pessoas assim.
Que me ensinam todos os dias.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Bambora
Não é estranho que nos digam que «ser homem é muitas vezes uma experiência de frustração». Mas não é essa toda a verdade. Apesar de todos ...
-
Somos bons a colocar etiquetas, a catalogar pessoas, a encaixá-las em classes e subclasses organizando-as segundo aspetos que não têm em c...
-
"Guarda: «Temos menos sacerdotes e, por isso, precisamos de valorizar, cada vez mais, os diferentes ministérios e serviços laicais nas ...
-
Sou contra o aborto. Ponto. Sou-o desde sempre. A base da minha posição é simples: acredito que a vida começa com a conceção. Logo, não é lí...
Sem comentários:
Enviar um comentário