Ontem fomos namorar. Só para acabar melhor um dia que tina começado (e continuado) com discussão. Jantamos com a filharada e fomos a seguir. Só os dois. Sala cheia, como há muito tempo não via, e um filme enorme. Não é daqueles que dá nas vistas, que enche o olho, de história ou lágrima fácil. Mas é uma grande história recheada de várias grandes interpretações, com o Clooney à cabeça. Ele, que tinha tudo para ser (mais) um Geere, com os papéis de sedutor de meia idade (ia dizer de meia tigela mas deve ser inveja), tem enveredado por outros caminhos, bem mais complexos, bem mais exigentes, bem melhores, na minha opinião.

Creio que este será um daqueles filmes que nos farão companhia por muito tempo. Aliás, um dos últimos do Clooney já tem em nós um lugar cativo: o Up in the air. São filmes que nos ajudam a desbloquear conversas, a escolher caminhos, até a evitar situações como se espelhos se tratassem, elementares na construção de um património comum que não é feito apenas de beijinhos e abraços mas fundamentalmente de boas conversas, de boas partilhas, de renovados pontos de partida. Porque quando vamos ver um filme nunca vamos apenas ver um filme. Conversamos muito, discutimos alguma coisa e reconciliamo-nos sempre. Por isso estes filmes para nós nunca são apenas filmes: são estados de alma, são momentos aos quais de vez em quando voltamos, sempre com a nostalgia a fazer-nos companhia.

Ontem fomos namorar.
Já precisávamos!

Comentários

Mensagens populares deste blogue