20120102


No último dia do ano que acabou aproveitei uma folgazita e fui até à Igreja agradecer. Foram muitas as coisas conquistadas em 2011, muitas as ultrapassadas, muitas a vezes em que tive uma mão estendida pronta a me levantar e a ajudar-me a recomeçar sempre. Tinha, por isso, inúmeros motivos para louvar a Deus. Soube-me muito bem por isso, estar na minha Igreja sozinho, a pensar no que foi a minha vida. Não o faço muitas vezes, infelizmente. O quotidiano toma conta dos meus dias com extrema facilidade e nem sempre tenho a disponibilidade mental para me sentar e me encontrar. Mas é muito importante para mim fazer este tipo de paragem. Ajuda-me a avaliar melhor o meu percurso, a corrigir rotas, a aprimorar destinos. Sinto sempre, aliás, que quando não me dou este tempo acabo por viver à superfície das coisas e por perder o que verdadeiramente importa.

Agora que estou já no novo ano importa respirar fundo e começar a caminhar. O meu pároco disse ontem que, apesar de este ano se afigurar difícil para todos nós, não acredita que Deus nos dê algo que seja superior às nossas forças. Sigo o seu conselho. Preparo-me para o que aí vem sabendo que não controlo tudo, mas que o verdadeiramente importante é ir transformando os acontecimentos da nossa vida em momentos de felicidade, é ver a nossa vida com os olhos e a confiança de quem acredita que tudo tem um sentido e que esse sentido é-nos dado por quem nos ama.

E que, por isso, nada de verdadeiramente mau nos pode acontecer.


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