Curioso...
Assim que vi esta foto pensei logo em ti. Na realidade, espanta-me eu não sejas tu a estar em cima do escadote, atarefada a semear as estrelas. Ou a recolhê-las, não sei bem. Porque tu és assim: ora vais semeando estrelinhas nas entrelinhas para que outros as possam recolher, ora tentas tu própria desencantá-las num qualquer canto escondido, como quem procura agulhas num palheiro. Outra coisa que nesta foto tem a tua cara é o aparente absurdo de cuidar das estrelas quando elas menos se vêem, quando está dia. Também tu és assim, queres lá saber das tuas condições, queres lá saber se o tempo é verdadeiramente o tempo de colher ou semear. Não estás nem aí, para ti é sempre tempo e fazes com que o tempo seja de alguma forma o tempo. Ponto final. E sim, também tu tens um escadote, também tu fazes questão de fazer das tuas fraquezas forças de forma a ver a partir de um pouco mais alto que aquele que te é natural, também tu usas os teus artefactos e artifícios para enganar a tua condição, qualquer que ela seja. E a varinha de condão tem tudo a ver contigo, Absolutamente tudo! Porque muitas vezes também tu tentas transformar a realidade, com um pouco de toque, com outro tanto de palavras mágicas, e a realidade transforma-se... e tu com ela.
De certeza que não és tu?

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