Sou muitas vezes acusado, principalmente por quem gosta muito de mim e me conhece melhor, de ter poucas referências absolutas na minha vida.
É a mais pura das verdades.
Talvez por não ter tido uma educação devidamente estruturada, fui construindo a minha própria escala de valores à medida que fui vivendo. Às vezes tive a sorte de uma boa influência e fiz as escolhas certas, noutras, porém, as minhas escolhas foram acontecendo à força da cabeçada na parede. Armado em sempre-em-pé lá ia avançando, de tombo em tombo, fazendo disso o meu próprio caminho.

Hoje, não são muitas as coisas nas quais acredito com convicção. Acredito no papel absolutamente estruturante da família, acredito nessa pura forma de amar que é a amizade, acredito na enorme importância de se ser feliz na profissão e acredito num Deus nos ama de tal forma que dá sentido a tudo aquilo em que acreditamos. Ah, e também muito importante para mim, sou intrinsecamente portista.

Defendo há alguns anos que somos felizes quando conseguimos ser o que gostaríamos mesmo de ser. A minha felicidade é que cheguei a uma altura em que, quando chego ao fim de cada dia e revejo o que fiz e o que deixei por fazer, verifico que vivi noventa e muitos por cento do meu tempo em função daquilo em que acredito.

E dou Graças a Deus, porque sou feliz.

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