A dor, particularmente a dor alheia, deixa-me sempre sem palavras. Em silêncio profundo. Nada há que eu possa dizer que consiga, ainda que brevemente suavizar a dor. Esse silêncio, nessas alturas, é sempre orante. Pode ser composto de interrogações, de incredulidade, porventura até de alguma revolta, mas é sempre dialogante com o meu Deus. que é o único interlocutor que me poderá ajudar a descobrir, eventualmente, algum sentido para o que, aos meus olhos, é completamente desprovido de sentido.

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