20140926
"Expliquem-me como se tivesse cinco anos, porque ninguém sabe nada enquanto não tem que o explicar a uma criança de cinco anos."
A determinada altura, digo sempre isto em todos os meus DR. É um clássico, que alguns alunos já repetem ao mesmo tempo que eu. Não é da boca para fora. Acredito mesmo nisto. Acredito mesmo que tendemos a complicar as coisas simples e que, volta e meia, temos que regressar, temos que trocar em miúdos aquilo que julgamos que sabemos, aquilo que julgamos que sentimos, e perguntarmo-nos se será mesmo assim. Eu, então, que gosto tanto das ias (as filos e as psicos) tendo mesmo a ligar o complicómetro e a deixar-me enredar nas múltiplas questões que me vão assaltando.
Quando consigo deitar a mão a um catecismo dos primeiros anos raramente deixo a oportunidade de fazer um upgrade. Pego nele, leio-o rapidamente, e volto a centrar-me no essencial. Porque o essencial é justamente aquilo que eles descobrem nessa altura e depois nós limitamo-nos a acrescentar camada em cima de camadas.
Assim deveria ser qualquer relação. De amor ou de amizade. Simples. Básica. Sem complicações. Dar quando é altura de dar, receber quando é altura de receber. Dar asas, dar espaço, permitir a circulação do ar sem temer que o compromisso saia fragilizado, sem fantasmas, sem antecipação de catástrofes, com a confiança que tem que existir entre quem se ama. Como os miúdos, afinal.
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