20130908
Grande noite, a de ontem, com a confirmação que temos mais dois filhos na Faculdade. E nos cursos que foram a primeira opção de cada um, o que é muito importante! Claro que as coisas se vão complicar um pouco mais cá em casa. Ter 4 filhos na faculdade não é propriamente fácil, mas, como sempre, há que manter a cabeça fria, respirar fundo, e dar Graças por cada dia que passa. E se alguém tem motivos para dar Graças, somos nós.
Muitas vezes olhamos para os nossos filhos completamente embevecidos. Há alturas em que não é fácil: todos somos de mergulhar de cabeça nos muitos projectos em que nos envolvemos, todos sofremos da mesma falta de tempo disponível, todos partilhamos a mesma dificuldade de viver as coisas pela metade, de discutirmos pela metade, de nos divertirmos pela metade. Cá em casa tudo é sempre muito tudo: muita música, muita diversão, muita discussão, muita alegria ou muita tristeza. Normalmente não há espaço ou sequer vontade de encolher ombros ou de viver alheados ao que se vai passando na vida de cada um. Os problemas de cada um são os problemas de todos, as conquistas de cada um são festejadas porque são de todos.
A primeira vez que colocamos a hipótese de vivermos sem a presença de um deles foi justamente no final do ano passado. O meu filho queria medicina e, como sempre, apesar dos excelentes resultados, não dava nada por adquirido. Começou a colocar a hipótese de ir para Coimbra ou Lisboa e de repente percebi que tinha que me começar a preparar para o Síndrome do Ninho Vazio, de que tanto tínhamos falado na Pastoral Familiar. Nós, que não estivemos mais que um mês casados sem filhos pois engravidamos logo no segundo mês, que temos sempre a casa cheia de canalha e de amigos da canalha, como iremos sobreviver sem filhos? Durante o mês passado tivemos um cheirinho dessa experiência, chegando a ter apenas 2 filhos em casa durante alguns dias. Era uma paz completa, com pouca louça para lavar, com a mesa da cozinha rebatida, com a casa sempre em ordem sem muita roupa para arrumar, sem coisas espalhadas. Uma casa perfeita, como a minha mais-que-tudo aspira desde que a conheço, mas à qual faltava a confusão e a vida de que tanto gostamos. O que nos vale é o pequenito tem 13 anos (13 anos!) e, em princípio, levará ainda algum tempo a partir para outras paragens.
E, nos entretantos, confiamos que a casa se volte a encher de canalha. Desta vez, de netos ;-)
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