20120129
Ontem fomos namorar. Só para acabar melhor um dia que tina começado (e continuado) com discussão. Jantamos com a filharada e fomos a seguir. Só os dois. Sala cheia, como há muito tempo não via, e um filme enorme. Não é daqueles que dá nas vistas, que enche o olho, de história ou lágrima fácil. Mas é uma grande história recheada de várias grandes interpretações, com o Clooney à cabeça. Ele, que tinha tudo para ser (mais) um Geere, com os papéis de sedutor de meia idade (ia dizer de meia tigela mas deve ser inveja), tem enveredado por outros caminhos, bem mais complexos, bem mais exigentes, bem melhores, na minha opinião.
Creio que este será um daqueles filmes que nos farão companhia por muito tempo. Aliás, um dos últimos do Clooney já tem em nós um lugar cativo: o Up in the air. São filmes que nos ajudam a desbloquear conversas, a escolher caminhos, até a evitar situações como se espelhos se tratassem, elementares na construção de um património comum que não é feito apenas de beijinhos e abraços mas fundamentalmente de boas conversas, de boas partilhas, de renovados pontos de partida. Porque quando vamos ver um filme nunca vamos apenas ver um filme. Conversamos muito, discutimos alguma coisa e reconciliamo-nos sempre. Por isso estes filmes para nós nunca são apenas filmes: são estados de alma, são momentos aos quais de vez em quando voltamos, sempre com a nostalgia a fazer-nos companhia.
Ontem fomos namorar.
Já precisávamos!
20120127
20120125
Uma das coisas boas de crescer é a oportunidade de irmos corrigindo o nosso olhar sobre o mundo. Por vezes passamos anos a ver a (nossa) realidade sob um determinado ponto de vista e de repente essa realidade apresenta-se-nos completamente nova.
Por causa de um dia de reflexão do 10º ano, a dignidade tem andado a fazer caminho cá por dentro. Quanto mais vou pensando nisso, mais vou chegando à conclusão que a restauração da dignidade às pessoas é um dos principais objetivos de Jesus. Na altura referia-me à Samaritana que, com Jesus, voltou a ter a capacidade de ir ao encontro das pessoas de quem antes fugia, voltou a poder andar de cabeça erguida, sem medo do julgamento que dela faziam. Mas isso pode ser aplicado a qualquer um dos interlocutores de Jesus: Zaqueu, Madalena, os cegos e os coxos, os leprosos, o bom ladrão... a todos Jesus fez sentir que eles eram dignos enquanto pessoas, enquanto desejo de futuro, independentemente da sua condição social, dos seus defeitos, do seu passado. Que a sua dignidade decorria do seu valor intrínseco enquanto pessoas, de quem queriam ser, das amarras que estavam dispostos a cortar para se encontrarem com Ele.
Acredito que o medo é o nosso maior limite. O medo de cair no ridículo, o medo de falhar, o medo de nos colocarmos nas mãos dos outros, o medo de deixarmos cair as defesas... sei lá, são tantos os medos - conscientes e inconscientes - que connosco se levantam da cama todos os dias que por vezes até nos fazem companhia enquanto dormimos. Muitos de nós vivem a partir do medo: tentam precaver o futuro, habitam-se a viver fechados em casulos, muito protegidos, muito senhores de si, controlando os acontecimentos até ao mais ínfimo pormenor. Julgando-se senhores da sua vida até um dia.
Se pensarmos nas grandes personagens da história, naquelas que efetivamente transformaram as consciências e o mundo, verificamos que aquilo que lhes é comum é justamente esse desassombro que impede que o medo lhes tolha a vida, que os impele a avançar contra tudo e contra todos.
E que aquilo que os separa, aquilo que os faz estar do lado certo ou errado da Humanidade - e sim, senhor, há um lado certo e um lado errado para se estar - é justamente essa noção de dignidade da Pessoa por que pautam as suas vidas.
E as dos outros.
20120123
Qualquer pessoa que use a net para mais que ir cuscando no Facebook olha para esta foto e bem-lhe um nome à cabeça: Banksy. Claro que não deve ser dele - não se consta que tenha estado por cá - mas tudo se inspira na sua forma de grafitar: a acutilância da imagem, as palavras de ação, a mensagem. Aliás, se as palavras fossem inglesas aposto que todos diriam que era dele.
Curiosamente, a primeira coisa que me veio à cabeça quando a vi foi o Novo Testamento.
Confuso?
Passo a explicar.
No último livro do José Rodrigues dos Santos ele afirmava que alguns dos textos do Novo Testamento eram uma fraude pois os seus autores eram outros que não aqueles que referiam. Ou seja, textos de São Pedro, São João ou São Paulo, afinal não teriam sido escritos pelo seu punho mas por outros, ainda que inspirados por estes apóstolos. Para José Rodrigues dos Santos estes textos, apesar de "copiarem" o estilo, as palavras, a filosofia daqueles que referia, eram - reafirmo-o porque ele fá-lo constantemente - uma fraude.
Voltemos à foto acima. Apesar de não ser do Banksy não me parece que seja uma fraude, nem que a sua mensagem seja menos poderosa por causa disso. Se, por absurdo, daqui por trinta anos alguém a visse e conhecesse o Banksy, se, por absurdo, não dispusesse desta poderosíssima ferramenta que é a internet, que lhe poderia tirar a dúvida e se, mais uma vez por absurdo, se entretivesse a colecionar, a estudar ou a catalogar grafites como forma de perceber melhor a realidade contemporânea, não seria descabido se catalogasse este grafite como sendo Segundo Banksy. O que não faria nem de Banksy nem do seu verdadeiro autor artistas fraudulentos.
E, sobretudo, não tornaria o grafite menos verdadeiro.
20120121
Sempre que lhe digo que eu gosto mesmo é de pessoas, ela torce-se toda. "Até pode ser verdade, mas o que fazes na realidade por elas? Como combates o teu comodismo crónico?"
Acabo sempre por concordar com ela. Afinal, ainda ontem, enquanto via a quantidade de alunos que, motivos pelas suas ideias, pelos seus projetos, pelo seu exemplo e pela sua ação incisiva, se dedicavam a ensinar outros alunos, pensava em como estou casado com uma mulher extraordinária. Difícil, claro. Mas extraordinária.
A forma como ambos gostamos dos outros não podia ser mais diferente: ela muitíssimo mais interventiva, operativa, muitíssimo mais ação; eu, como (quase) sempre e em (quase) tudo, mais à distância, mais observador, vendo as pessoas como quem vê um quadro de Picasso: admira-se, não se mexe.
Por vezes é-nos tremendamente difícil conciliar os nossos tão díspares olhares. Quando caímos na esparrela de reivindicar louros, então, entramos numa espiral decadente de estupidez que, felizmente, nunca dura muito tempo. E a estupidez é que nos esquecemos com demasiada facilidade que temos esse enorme privilégio de vermos coisas diferentes, de fazermos coisas diferentes, de conquistarmos coisas diferentes, e que dessa forma, juntos, somos muito mais complementares.
20120120
Não são muitas as alturas em que me permito a saudade. Normalmente sacudo-a com facilidade e concentro-me na tarefa de colocar o olhar no caminho a fazer. Mas esta semana estive com muita gente boa que tem esse condão de me transportar para bem longe daqui, para um lugar que o tempo se vai encarregando de carregar com cores cada vez mais coloridas e distintas, para um lugar que o tempo se vai encarregando de tornar cada vez mais mágico.
Ainda agora falávamos de um terraço, de um luar, de um ambiente, de uma partilha, de longas conversas sem tempo nem modo, que vagueavam ao sabor daquele clima quente. Deu-me vontade de fazer como via no Espaço 1999, de me meter aquela transportadora que nos desintegrava no local onde estávamos e nos reconstituía no local onde queríamos estar. Eu ia. Agora mesmo. Rapidinho. A tempo de voltar para o jantar. Só para poder voltar a saborear a magia que nos acompanhou todo aquele tempo.
Um outro pensamento começa a formar-se cá por dentro. Até aqui ainda fui matando as saudades com aqueles que via, quase todos os dias, por aqui a vaguear nos corredores. Com os que aqui não estão, volta e meia vamos contactando, eles vêm cá, vamo-nos vendo, mandando umas bocas no facebook como forma de enganar a distância. Sabemos, contudo, que isso sabe a tremendamente pouco. E dou comigo a pensar como irá ser no próximo ano, quando já nenhum deles andar por aqui, quando já não nos cruzarmos nos corredores, quando ficarmos todos reféns do computador para, pelo menos, tentarmos enganar a distância.
Não vai ser fácil.
Para nenhum de nós.
20120119
Sempre que posso, digo que aquilo que verdadeiramente nos separa são as nossas escolhas. Sei que são influenciadas, ela nossa educação, pelo nosso meio e até pelos nossos genes. Mas acredito que somos suficientemente livres para decidir por onde queremos ir e que isso é o que verdadeiramente nos distingue uns dos outros. E que isso nem sequer nos momentos especiais da nossa vida mas, pelo contrário, nas coisas pequenas, naquelas pequenas decisões que tomamos todos os dias a qualquer momento.
Para quem tem o privilégio de ter filhos - como eu - e filhos que pensam - como os meus - é muito interessante (às vezes gratificante, outras terrivelmente desesperante) poder assistir à forma como vão decidindo a sua vida, como vão efetuando as suas escolhas, como vão descobrindo e fazendo o seu caminho. Nestas alturas, apesar das suas escassas certezas, tento interferir o menos possível. Acredito que aquilo que eu poderia fazer enquanto "moldador" (no sentido em que Deus nos moldou: com carinho, com cuidado... com amor) já está, em grande parte, feito: eles têm já os valores devidamente incorporados, têm já a capacidade de analisar a realidade que têm diante dos olhos, e compete-me agora estar atento e, fundamentalmente, disponível. Para conversar, para corrigir, para propor novas alternativas que escapam ainda ao seu olhar. Porque quase sempre as suas incertezas são as minhas incertezas, esta é uma tarefa exercida permanentemente com o coração nas mãos, mas é uma tarefa que me dá muito gozo.
Ainda ontem um dos meus filhos, com a sua já tradicional pressa em crescer e se autonomizar, como quem não quer a coisa, colocou sobre a mesa uma série de alternativas de futuro para que as pudéssemos discutir. Juntos. Falamos todos, alertamos todos, opinamos todos. Sabíamos todos que, em última análise, a decisão não era nossa mas dele, e que apenas poderia ser dele. Sabíamos também que, quando acabássemos de discutir, ele dispunha de mais e melhores dados para poder escolher o melhor. E ele sabe também que, qualquer que seja a sua decisão, cá estaremos para enfrentar as consequências.
Juntos.
20120117
Na semana passada tive o verdadeiro privilégio de acompanhar alguns alunos numa visita de estudo a Lisboa. Eu gosto de Lisboa, particularmente daquela zona de Belém, numa manhã verdadeiramente gelada e cheia de luz, de gente bonita a correr ou a caminhar, de vendedores de castanhas e prenha de História. No primeiro dia assistimos a um excelente Auto da Barca nos Jerónimos, fomos ao CCB ver o Berardo e acabamos no excelente ( e para mim perfeitamente desconhecido) Museu da Eletricidade. A peça foi brilhantemente interpretada e em todas as visitas fomos impecavelmente conduzidos por pessoas (miúdos) com uma competência e entusiasmo notáveis.
Apesar de a visita ter sido muito proveitosa para os nossos alunos tenho a certeza que o foi bem mais para mim. Dei comigo a pensar como nos é fácil identificar o pais com o que vou vendo e lendo na comunicação social. E de como por vezes me esqueço que a vida vivida vai muito para além disso. A visita de um qualquer museu ou espaço lúdico-pedagógico minimamente cuidado está nesta altura a léguas do que estava no meu tempo de estudante. Hoje não temos velhinhos reformados mal humorados para quem as visitas são um incómodo, que se arrastam a resmungar baixinho e que nada explicam do que nos é dado a observar. Hoje temos jovens muitíssimo bem preparados, que falam com verdadeira paixão e um entusiasmo contagiante que fazem com que o tempo voe. Hoje temos profissionais de teatro que, com meia dúzia de adereços banais, nos transportam para cenas de época, nos fazem rir e entusiasmar. E tudo acontece ali, no meio de nós, sem palco ou distância de segurança.
Quando vinha da visita de estudo - cansado e com sono, que esta malta nova usa pilhas Duracell - pensava em como temos ainda muitos motivos para acreditarmos neste país. Para além das catástrofes todos os dias anunciadas, para além dos desastres financeiros todos os dias anunciados, para além dos golpes desavergonhados todos os dias denunciados temos afinal muita malta nova muitíssimo competente, muitíssimo bem preparada e de altíssima qualidade. Tenhamos nós a capacidade de apostar neles, tenham eles a capacidade de não desistir de nós e teremos todos bons motivos para confiar no futuro.
Assim seja!
20120111
Eu gosto de ver o mundo ao contrário. De olhar para onde mais ninguém olha. De tentar ver o que mais ninguém vê.
Desde que me conheço que a corrente me é francamente desconfortável. Em tudo. No modo de pensar, no modo de agir, no modo de vestir... no modo de falar ;-)
Sempre que há encontros ou momentos especiais, a minha mais-que-tudo tem o condão de andar numa roda-viva. Conhece e fala com toda a gente, interage com todos com um à-vontade impressionante. Eu sou a sua antítese. Quem me quer ver bem numa situação dessas olha para um qualquer canto e eu lá estou, sozinho, a apreciar a multidão. É assim que me sinto bem, a olhar as pessoas, a observá-las, a sentir a sua azáfama, a admirar as suas capacidades.
Lembro de ser miúdo e de viver perto da Praça da República, no Porto. Levantava-me cedo e ia para o jardim só para ver as pessoas. Olhava para elas sentadas no autocarro ou carregadas de sacos e imaginava as suas casas, as suas famílias, as suas conversas à mesa. Ainda hoje imagino essas coisas com muita frequência, tentando sempre ir para além daquilo que os meus olhos vêem.
É um exercício solitário, este. Por opção e por respeito. Respeito porque é um bocado entrar na intimidade dos outros sem lhes pedir licença. Por vezes, quando olhamos atentamente para alguém, quando lhes prestamos atenção, quando nos dedicamos, ainda que por escasso tempo, a tentar entender alguém, acabamos por abrir uma qualquer porta que até aí estava fechada. E isso não se partilha. Por opção por puro comodismo, porque não gosto de dar justificações, porque gosto mesmo é de estar no meu cantinho, quietinho, o mais despercebido possível.
20120104
O meu maior defeito é o da procrastinação. E constitui o meu maior compromisso de melhoramento pessoal para este ano.
Tenho uma vaguíssima memória de um pequeno quadro com dois anjos da guarda que estaria à cabeceira da minha cama de miúdo. Nem sei bem se essa memória é daquelas reais ou das que o tempo vai instalando dentro de nós ao ponto de as assumirmos como verdadeiras. Adiante! O importante é que por causa desse quadro sempre tive a sensação clara que nada de muito mau me poderia acontecer, que à ultima da hora haveria um qualquer anjo que me impediria de cair no precipício. E não estou a falar de fantasias de miúdos mas de convicções de adulto.
Essa segurança permitiu-me não me levar demasiado a sério. As principais decisões da minha vida fora tomadas quase de ânimo leve, sem pensar muito nas consequências. Com tudo o que de bom e de mau isso pode acarretar: quando as coisas correm bem é fantástico, ultrapassamos os limites que o medo nos impõem; mas quando correm mal é um desastre. E foi justamente um desses desastres que colocou tudo em causa. Descobri, de forma extremamente dolorosa, que afinal o meu anjo da guarda ou andava distraído ou entendia que o melhor para mim era assumir as consequências reais dos meus atos. Sem me avisar! Malandro!
Houve uma altura em que essa desconfiança na vida (e no meu anjo da guarda) tornou as coisas muito difíceis. É-me muito difícil viver sem a alegria e a confiança que as "costas quentes" permitem, sempre em sobressalto, sempre com medo, sempre a desconfiar do que o dia de amanhã nos pode trazer. Com o tempo, no entanto, fui-me apercebendo da omnipresença de outros anjos que compensavam largamente os dislates do meu desatento anjo. Encontrei sempre um empurrão, uma mão, um sorriso, por vezes um ralhete, que me foram permitindo voltar a acreditar. Não tanto no meu velho anjo mas nos anjos dos outros, dos que me acompanhavam e me reabilitavam a confiança.
Tenho contactado com o meu anjo da guarda. Como nos conhecemos bem, como sabemos que estamos intimamente ligados, decidimos que ao longo deste ano melhoraríamos essa coisa da procrastinação. Só para contrariarmos toda a negatividade que este novo ano apregoa.
É um primeiro passo ;-)
20120102
No último dia do ano que acabou aproveitei uma folgazita e fui até à Igreja agradecer. Foram muitas as coisas conquistadas em 2011, muitas as ultrapassadas, muitas a vezes em que tive uma mão estendida pronta a me levantar e a ajudar-me a recomeçar sempre. Tinha, por isso, inúmeros motivos para louvar a Deus. Soube-me muito bem por isso, estar na minha Igreja sozinho, a pensar no que foi a minha vida. Não o faço muitas vezes, infelizmente. O quotidiano toma conta dos meus dias com extrema facilidade e nem sempre tenho a disponibilidade mental para me sentar e me encontrar. Mas é muito importante para mim fazer este tipo de paragem. Ajuda-me a avaliar melhor o meu percurso, a corrigir rotas, a aprimorar destinos. Sinto sempre, aliás, que quando não me dou este tempo acabo por viver à superfície das coisas e por perder o que verdadeiramente importa.
Agora que estou já no novo ano importa respirar fundo e começar a caminhar. O meu pároco disse ontem que, apesar de este ano se afigurar difícil para todos nós, não acredita que Deus nos dê algo que seja superior às nossas forças. Sigo o seu conselho. Preparo-me para o que aí vem sabendo que não controlo tudo, mas que o verdadeiramente importante é ir transformando os acontecimentos da nossa vida em momentos de felicidade, é ver a nossa vida com os olhos e a confiança de quem acredita que tudo tem um sentido e que esse sentido é-nos dado por quem nos ama.
E que, por isso, nada de verdadeiramente mau nos pode acontecer.
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