Li hoje, aqui http://www.ionline.pt/conteudo/147575-porque-se-escreve?idEnvio=14 algo interessante. Eu não sei ao certo porque escrevo. Nunca o soube. E faço-o desde que me conheço. Por vezes, como a minha-mais-que-tudo não gosta que eu escreva - partilho em demasia com demasiada gente - decido não escrever. Quinze dias. Não mais que isso. Depois, como qualquer junkie que se preze, apanho-me a rabiscar qualquer coisa, apressadamente, meio letárgico, meio sem me dar conta. Não é nada de jeito, apenas umas frases, pequenas, que vão sucedendo a umas outras, e as coisas começam a fazer sentido cá por dentro. O possível, porque por vezes isto cá por dentro é mais confuso que Santa Catarina em época de saldos no Natal. O que é certo é que escrever é uma necessidade absoluta para mim. Pode ser aqui, pode ser num outro blogue, pode ser no meu Moleskine, pode ser nas costas de uma factura qualquer que esteja à mão, podem ser textos longos ou curtos, ideias fantásticas ou banalidades das quais me envergonho cinco minutos depois. Como nunca releio o que escrevo, não lhes dou muita importância. O certo é que, invariavelmente, limito-me a abrir a torneira sem sequer ligar muito ao que deixo, sem reflectir muito na altura em que escrevo - escrever é uma consequência normal da reflexão, por isso... - sem me levar a sério, sabendo que o mais provável é que amanhã escreva algo que esteja em justa oposição com o que escrevi hoje. Na escrita, como na vida, nunca minto. Transmito sempre o que sinto. Posso ser - sou-o, sei bem - inconstante no que sinto. Mas isso...

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