Leio e oiço muitas vezes que o melhor mesmo é não nos envolvermos, não nos incomodarmos, fazermos de conta que o que ouvimos e vemos não é nada connosco. Assobiamos e passamos ao lado.
Não, obrigado. Não consigo, não quero, não se faz, não tem nada a ver comigo. No dia em que isso acontecer, internem-me, que eu já não faço nada aqui.
Incomoda-me? Ainda bem, porque eu tenho mesmo a tendência para me acomodar, refastelar, vegetar, o que quer que seja, e por vezes preciso mesmo de uma qualquer abanão que me faça avançar.
Comove-me? Ainda bem, porque me move ao encontro do outro, daquele que comigo todos os dias partilha um pouco de si e leva em troca um pouco de mim.
Poderia eu, porventura, trocar estas formas de estar e de viver e fazer de conta que não era nada comigo?

Não consigo.
Ainda bem.
Estou vivo.

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