20170424
Por muito estúpido que seja, o meu epitáfio sempre me foi importante. Imaginar o que dirão de mim na altura da minha morte é algo que sempre me ocupou o espírito. Claro que é estúpido. e é estúpido principalmente para um homem de fé, principalmente para quem, como eu, confia tanto no amor do Pai que à hora do epitáfio já estarei no lugar onde apenas importa o que verdadeiramente importa e epitáfios não será, com certeza.
Provavelmente isto seria até divertido se não tivesse implicações na forma como vivo a minha vida. Estar permanentemente atento ao que pensam e dizem de mim pode ser importante para aferir o meu grau de estupidez natural e o seu impacto nas vidas dos que me rodeiam, mas não me pode levar a viver a vida em função das opiniões e das expectativas alheias. E esta tensão entre o que sou, o que gostaria de ser e o que os outros gostariam que eu fosse é permanente e nem sempre bem resolvido. Por vezes, nos dias bons, tudo flui com enorme naturalidade e eu questiono-me como posso me posso questionar tanto; noutras alturas, porém, essas tripartidas vozes ecoam ao mesmo tempo sem qualquer hipótese de compromisso de resolução amigável.
Quando aquelas tripartidas vozes entram em discussão procuro acalmá-las. Não as silencio, mas tento que, como em qualquer discussão minimamente civilizada, se escutem umas às outras. Que se manifestem, mas uma de cada vez, de forma a me permitir organizar interiormente. Para isso, tento recolher-me, em oração, em reflexão, em caminho interior e exterior. E aí, nesse recolhimento, encontro-me invariavelmente com o meu Deus. E comigo. Saber-me amado apesar de tudo serena-me e, serenando-me, permite-me uma escolha mais consciente. Saber-me amado por quem me rodeia, também. Rouba-me o medo, rouba-me ao medo, e devolve-me à vida.
E à alegria.
20170420
Cabe. em todo o processo pascal, a nossa própria história. Há, em toda a sucessão dos acontecimentos de Jesus, uma reinterpretação da nossa história de vida. E há, em toda a sucessão dos acontecimentos da nossa vida, uma reinterpretação da via sacra de Jesus. Como os relemos a partir do fim, todo o processo nos é inquinado. Sabemos de antemão que Ele é Deus e subestimamos o seu sofrimento, sabemos de antemão que Ele será condenado e desvalorizamos o seu silêncio, acreditamos na sua ressurreição e acreditamos absurda e intimamente que Ele se teria prestado a toda aquela encenação, menorizando-nos. Se o mesmo fizéssemos à nossa vida, que leitura faríamos?
Aconteceram-me várias mortes, nestes últimos tempos. De novos e velhos. Prolongados e repentinos. Amigos e familiares. Eu, que durante anos apenas testemunhei vida, ultimamente dou comigo numa sucessão de velórios e funerais e interrogações profundas sobre o profundo sentido da vida. A última das quais foi no domingo passado, Domingo de Páscoa. O patriarca de uma família de amigos à qual estou intimamente ligado (quando lá cheguei, a matriarca disse "aqui está o meu filho adotivo!") falecera, de doença prolongada. Mal cheguei, abracei-me e beijei o filho, que me disse "morreu num grande dia, e como viveu: em paz". Tive o privilégio, um pouco mais tarde, de o ver e às irmãs, juntamente com os seus filhos, a fazerem festas ao corpo do pai, sempre com um sorriso nos lábios. A única coisa que consegui pensar foi em mim assim estendido e desejar que os meus filhos tivessem aquele estado de espírito e aquela atitude quando chegar a minha vez. E, como inevitavelmente acontece sempre que estamos juntos, recordei, com um misto de dor e saudade, o Paulo, um dos meus maiores amigos da adolescência, filho daquele que ali jazia, cuja morte nos apanhou completamente desprevenidos. Recordei como a minha "adoção" por aquela mãe esteve desde sempre ligada à minha amizade com o Paulo e à minha presença junto dela em alguns dos seus momentos de dor profunda. E voltei a sentir-me grato por estar ali, naquele funeral, com eles, como estivera junto do Paulo.
Todos nós temos o nosso processo pascal. Todos morremos e ressurgimos, aparentemente do nada. Todos nós sofremos e gememos e choramos e perdemos e ganhamos e somos carregados ao colo e carregamos outros. Todos nós? Se calhar, não. Se calhar, por conhecermos a via sacra de Jesus, nós vemos melhor o sentido da nossa própria via sacra. Se calhar temos essa responsabilidade. Provavelmente temos essa responsabilidade.
20170414
Adoro descobrir coisas novas em coisas velhas. Por vezes ando uma vida inteira focado num determinado aspeto de algo, ou de alguém, sem sequer me ocorrer uma outra leitura, uma outra perspetiva, uma outra verdade escondida ao meu acostumado olhar.
O Tempo, em Eclesiastes, é uma das leituras da minha vida. Desde sempre a liguei à sabedoria do Mestre Tempo, aquele que, escapando-se-nos ao controlo, prossegue o seu inexorável caminho. Sempre o tive, intimamente, como aliado, como bom motivo para ir esperando, pacientemente, o que algum dia haveria de ser meu. Fosse alguém, alguma coisa, ou o reconhecimento que sempre procuro sem nunca o admitir. Eu tenho tempo é uma frase que quem me ama me escutou já algumas vezes.
A questão é que eu, efetivamente, vou tendo tempo. Que nem sequer se esgota neste tempo mas acredito continuará num outro tempo. É essa a minha esperança, também. Mas eu também tenho responsabilidades sobre o tempo que me é dado. E nisso nunca tinha pensado a sério. Até agora. Porque não te sido fácil.
Assumir a minha quota de responsabilidade é assumir a responsabilidade de escolher agir ou não agir. Esperar ou fazer acontecer. Assumir a vida ou refugiar-me no que a vida me dá - que é, desde sempre. a minha postura mais natural... e mais cómoda. Que se expressa em coisas grandiosas e decisivas como se decido ter filhos ou casar ou dedicar-me a uma profissão, ou em coisas mais comezinhas mas não menos importantes como... impor o meu tempo a alguém. Coisas decisivas como telefonar ou não telefonar, falar ou não falar, enviar ou não uma mensagem. Decisivo porque é impor a minha presença, a minha recordação, porventura as minhas preocupações, a minha vida, a alguém que tem a sua própria vida com que se ocupar.
Dir-me-ão que quem ama está sempre disponível. Desde que... Confesso a minha manifesta dificuldade em não ultrapassar o desde que... Essa ténue linha que separa o que bom do já chateia, a saudade da imposição.
Afinal, há mesmo um tempo certo para cada coisa. Tenho é que tentar aprender que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
E que cada coisa tem o seu tempo!
Que pode não ser o meu!
20170413
É frequente, quotidiano, diria, ser tocado por uma imagem, uma foto, uma música que vejo na internet, ou na rua. Ou um filme, particularmente se tiver uma abordagem peculiar sobre algo que, naquela altura, estiver em processo em mim. Mas sou, basicamente, intrinsecamente, um homem da palavra.
Aquilo que faz eco cá por dentro, que pode andar dias, semanas, ou meses a fazer caminho cá por dentro é, a esmagadora maioria das vezes, a palavra. Que pode ter sido dita, lida ou escutada.
A que me magoa mais - e por isso permanece indefinidamente - é a dita. Por mim, claro. É quando me armo aos cucos e me deixo levar pelo entusiasmo do engraçadismo - que no meu caso tem sempre raiz na estupidez natural - e me apercebo, demasiado tarde, que acabei por magoar alguém. O que disse e a quem disse fica gravado indelevelmente. Aprendo a viver com isso. Mas não consigo - não quero? - esquecer. Tive um infeliz episódio no princípio deste ano letivo e ainda agora tendo a desviar o olhar da pessoa a quem magoei.
A mais desafiante é sempre a palavra escutada, diretamente, da boca e do olhar de alguém. Normalmente acompanhada da intensidade de quem me ama e por isso me quer feliz e por isso ou se alegra ou sofre comigo. Ou se desilude. Porque tenho a sorte de viver rodeado de sábios, são palavras que também acampam cá por dentro, mas de uma forma distinta. São desafios, permanentes, por vezes duros, por vezes inacessíveis, fruto do olhar demasiado bondoso de quem confia em mim muito mais que eu. E por isso se ilude também muito mais que eu. E que por isso me servem de catapulta para tentar ser aquilo que, sozinho, nunca seria.
A palavra lida é-me, no entanto, fundamental. É frequente levar uma imensidão de tempo a ler um bom livro. Leio e releio frases e parágrafos e páginas que copio cuidadosamente uma e outra vez para que me possa apropriar delas. É frequente voltar a livros que li antes e perceber neles um outro sentido que, durante anos, construíra ou interpretara de forma completamente outra, completamente errada. Nesta ânsia recente de procura de solidão dou comigo a imaginar uma casa sem televisão e sem filmes e sem notícias, eventualmente até sem música, mas nunca uma casa sem livros.
Não me imagino sem ler.
De todo.
20170411
Ontem tivemos um dia quase todo nosso. Apenas nosso. Eu andava ansioso por esta oportunidade. Ele também, embora a sua sensibilidade e discrição o impeçam de o dizer. Metemo-nos no carro e fomos às compras. Os dois. Apenas os dois. Uma tarde de homens. Um bom pretexto para falarmos de dores e alegrias e frustrações e sucessos e insucessos que o quotidiano força a silenciar. Por pudor, por falta de tempo, por comodismo, por não conseguirmos sempre chorar juntos o que deveríamos chorar juntos. Se este não tem sido um ano fácil para nenhum de nós, para ele tem sido particularmente difícil. Porque a sua personalidade tem algumas caraterísticas: sensibilidade extrema, atenção cuidada e cuidadora, silêncio criterioso. Por isso sofre em silêncio, à distância, e quando lhe perguntamos se está bem a sua resposta é invariável: como o aço. Não fosse o seu olhar e até poderíamos acreditar.
Ontem era para conversarmos dele. Como quem não quer a coisa. Alternando assuntos sérios com larachas e carros e miúdas e vídeos da net. Disse-me que a importância das notas é muito relativa, que aquilo que mais o preocupa é desiludir os que ama e o amam. E tu, quando te olhas ao espelho, o que achas disso? Não é assim tão importante. São apenas notas. A vida é mais que isso. Parecido com o pai. Demasiado, para os meus gostos.
Não há amor como o que se tem aos filhos. Não há. Por vezes até vemos e ouvimos notícias de pais que fazem mal aos filhos mas, salvo algumas patologias, se formos ao fundo constatamos que é por desespero. Que para eles, estupidamente ou não, há dores piores que a morte. O sofrimento constante dos filhos, por exemplo.
Talvez seja por isso que, nesta semana santa, dê comigo a pensar tanto em Maria. Disse-o no fim de semana passado sem nunca ter pensado nisso a sério, mas desde então não me saiu da cabeça. Maria acompanhou a vida, as alegrias e dores do seu filho. Viu-o ser recebido com hossanas e rejubilou com ele. Viu-o ser cuspido e insultado e martirizado e morto e sofreu com ele. Mas nunca deixou de o acompanhar. Num sofrimento, como qualquer pai ou mãe sabe, provavelmente maior que o do próprio filho, porque era ao seu menino que estavam a fazer aquilo. Porque os filhos, qualquer que seja a sua idade, qualquer que seja a nossa idade, são sempre os nossos meninos. Contrariamente à imagem doce que demasiadas temos dela, Maria teria que ser uma mulher do caraças, de armas, de fibra, para poder suportar a sua vida e a do seu filho. Teria que ser uma leoa, com uma capacidade enorme de se ultrapassar para poder fazer o possível e o impossível pelo seu filho. Teria que ter uma coragem enorme para se permitir acompanhá-lo naquela via sacra que é, particularmente, a sua via sacra. Se calhar, será esta a Maria que valia mais conhecer a fundo. Teríamos mais a aprender com ela em matéria de entrega aos nossos filhos.
Eu tenho.
Cada vez mais.
20170406
É dos livros. O horror ao vazio. E eu não escapo à regra. Antes a acentuo.
Alguns dos meus maiores disparates são cometidos quando pressinto a possibilidade desse vazio. De alguém em mim. De mim em alguém. É-me extremamente difícil lidar com essa sensação de perda profunda, que eu faço tudo para iludir, inclusivamente as maiores asneiras. É como se fosse agora e velhote o que nunca fui em miúdo: um puto birrento a bater com os pés no chão porque não consegue encaixar a realidade. Ou encaixar-se nela.
Na semana passada chorei numa eucaristia. Bastou que o sacerdote tivesse falado nas pessoas que perdemos. Bastou-me recuar alguns meses para recordar perdas de pessoas muito queridas, já mortas. E precisei de recuar muito menos para recordar perdas de pessoas para quem morri. Porque há perdas irrecuperáveis, umas por causa da morte, outras por causa da vida. Por muito que as tente varrer para debaixo do tapete e as tente remeter para as calendas, há sempre um momento de maior fragilidade onde o vazio me volta a habitar e a engolir.
20170405
Desde que, há muitos anos, li o Onze Minutos do Paulo Coelho, que o desapego volta e meia vem à baila. Na altura, foi muito útil, por causa da fase da vida em que os meus filhos se encontravam. Eu tenho uma clara tendência para a obsessão quando amo, e tenho muitas vezes a vontade de fazer com as pessoas o que faço com as minhas coisas. guardo-as cuidadosamente, apenas para mim, chegando até a escondê-las dos olhares dos outros. O que me vale é que com as coisas - e com as pessoas - cedo me apercebo que essa tendência é profundamente doentia e depois obrigo-me a abrir mão e a encontrar prazer no prazer dos outros com as minhas coisas. E as "minhas" pessoas. Naquela altura, os meus filhos estavam a entrar na adolescência e eu tive mesmo que aprender a abrir mão deles. Eu sou fortemente protetor e é-me extremamente fácil confundir proteção com abafamento, e tenho que estar muito atento à forma como lido com aqueles que amo para não passar do oito ao oitenta.
Amar sem posse é muito difícil. Tão mais difícil quanto mais importantes são as pessoas na minha vida. Aquela coisa da redoma encaixa na perfeição nos meus anseios mais egoístas. Ter alguém permanentemente à minha espera, à minha disposição, permanentemente feliz quando recebe a minha atenção e permanentemente disposta a conceder-me exatamente a distância necessária quando dela necessito, é profundamente tentadora. E ditadora!
Amar de coração cheio e mãos vazias é tremendamente difícil. Amar se esperar retorno, sem ditar condições, sem imposição alguma, numa entrega total sem montar defesas, sem pé atrás, não é para qualquer um. É para quem se ama o suficiente para poder amar assim. E para que se ama o suficiente para se permitir arriscar a ficar sem nada. E ainda assim, feliz!
20170404
Ontem, no final da oração, comentava com um amigo que a visa sacra, como aquela que acabáramos de fazer, era a minha oração preferida. Desde sempre. E ele, que participara numa pela primeira vez, respondeu-me que gostara do tom de esperança que eu dera no final da oração.
Vim a pensar nisso. Em ambas as coisas. Eu sei claramente porque gosto tanto da via sacra mas nunca me tinha apercebido do tal tom de esperança que ele referia. Eu percebo bem o desespero, o dramatismo, os passos todos que Jesus dá, e eu com ele. A ideia de alguém dar a vida por alguém, de forma abnegada e sofrida, é a minha definição de heroísmo. Se a esse gesto somarmos o silêncio de que Jesus sempre se fez acompanhar, a sua não violência e até a sua não resistência, percebe-se porque ao seu heroísmo adiciono aquele quê de incompreensível que todos os super heróis têm. Um super herói muito especial que, de entre os seus superpoderes e a sua humanidade, escolhe a sua humanidade com tudo aquilo que tem de frágil. E, o mais importante para mim, na via sacra sinto-me sempre resgatado por Jesus. Particularmente na cruz e em dois momentos: o do centurião e o do bom ladrão. Por muitas vias sacras em que participe, nunca deixo de sentir que, se aqueles dois são resgatados por Jesus, talvez não esteja tudo perdido para mim.
E se calhar é essa a razão da minha esperança. Não que me tenha a veleidade de me configurar com o Cristo com quem faço aquele doloroso caminho, mas porque se calhar tenho a esperança que, em determinada altura, ele repare em mim e me leve com Ele.
20170403
Quando me encontro a sério com Deus sou uma pessoa melhor. Sempre! Pode ser por muito tempo, pouco tempo, tempo quase nenhum, mas sempre que esse encontro íntimo acontece, em mim, é verdadeiramente transformador. Fornece-me sonhos, alimenta-me projetos, revela-me futuros possíveis alcançáveis e desejáveis e todo eu sou impulso e motor e vontade de começar. É particularmente nessas alturas que consigo ser luz para os que me rodeiam, de tal modo mergulho na intensidade do amor que esse encontro despoleta em mim. É frequente, nessas alturas e nesses locais, falarem-me dessa luz que eu aparentemente sou. E, com a mesma frequência, eu tendo a acreditar.
No entanto, a grande questão de fundo da minha vida nunca teve a ver com intensidade. Eu sou intenso em tudo o que faço, intensíssimo em tudo o que sinto. Abomino a superficialidade, nem que seja a da pele, e desejo sempre ir mais além, onde reside - e descubro muitas vezes - o que verdadeiramente importa. Em mim e nos que me rodeiam. Também porque gosto das palavras e normalmente não tenho medo delas e do seu significado profundo, também por aí dou largas à intensidade que me habita e transbordo e, ocasionalmente, faço transbordar. Não é essa a questão, portanto. Não a minha questão.
A minha questão é que não é apenas Deus quem me habita. A minha questão é que antes de Ele chegar à minha vida, antes de eu O reconhecer cá por dentro, eu já era habitado. Pelas minhas fantasias, pelos meus cavaleiros da triste figura, pelos meus sonhos e devaneios, pelas minhas sombras e fantasmas. E ambos coexistem, às vezes de forma muito pouco pacífica. Luz e sombras, esperanças e medos, ilusões e desilusões, partilham os meus espaços interiores, com o mesmo direito, a mesma autoridade, a mesma necessidade de vir ao de cima,.. e o mesmo direito.
E aí é que a porca torce o rabo!
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