Por força das circunstâncias, temo-nos encontrado mais que o costume, ultimamente. E, descontando as circunstâncias, tem sido muito bom. Voltar aos amigos é sempre voltar a casa. É retomarmos conversas que foram interrompidas pela vida, que fez com que todos nós enveredássemos por caminhos distintos.
Cumprimentámo-nos como se tivéssemos estado juntos desde sempre, sem ligar patavina ao facto de, em alguns casos, apenas nos vermos nas redes sociais ou quando nos cruzamos dentro dos carros. É o resultado de termos passado uma parte muito importante das nossas vidas juntos. A esmagadora maioria de nós apaixonou-se, casou e teve filhos enquanto andava no JUP. Durante cerca de 10 anos, os mais decisivos na construção de quem somos e de quem aspiramos a ser, foram passados juntos. Fins de semana, praia, férias, saídas à noite, aniversários, e depois casamentos, mais tarde baptizados e depois comunhões, agora casamentos dos filhos, tudo servia e serve de pretexto para nos reencontrarmos, se possível em volta de uma mesa, e aí cantarmos, jogarmos, rirmos, dançarmos, falarmos de tudo e de coisa nenhuma. Por isso, porque, apesar do tempo que passou, parece sempre que foi ontem, os amigos nunca envelhecem. Podem estar ligeiramente mais pesados, com mais ou menos cabelos brancos, com maior ou menor dificuldade em se moverem, mas, porque os olhamos com os olhos de antigamente, nunca os encontramos velhos e acabados. Porque os vemos com os mesmos olhos que dedicamos às coisas boas da vida, vemos sempre o mesmo sorriso, a mesma jovialidade, que a amizade pura e dura subtrai ao tempo.

Como sempre acontece com o que é genuíno, creio que o maior reflexo do que é o JUP vem justamente de fora, dos nossos filhos. Os meus dizem-nos muitas vezes que quando estamos juntos parecemos crianças, apesar de sermos quarentões supostamente respeitáveis. Os disparates saem naturalmente, as brincadeiras retomam-se com naturalidade, as partidas são pregadas e sentimo-nos todos muitíssimo bem acompanhados uns com os outros. Da mesma forma, quando alguém lá na paróquia se quer referir à forma como deve ser um grupo de jovens, o JUP vem sempre à baila.

Fomos, efectivamente, uma marca para todos.

E deixámo-la em cada um de nós.

Indelevelmente!

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