Continuo a pensar que um de nós está enganado. O nosso primeiro pensa que o nosso principal motivo de queixa é a situação económica do país. Não é. O meu, pelo menos, não é.
A economia está destruída, as finanças não existem, não temos dinheiro para mandar cantar um cego. Mas isso não é causa de coisa alguma, mas consequência. E é justamente disso que eu me queixo: do que originou isto tudo: falta de carácter.
Pois é, meu Primeiro. Estou cheio de jogadas de bastidores, de confusões, de espertices, de mentiras, de roubalheiras, de amiguismos, de incompetência, do tapar o sol com a peneira, de falsidades, de varridelas para debaixo do tapete, de me fazerem de burro, de desperdícios, de automóveis caros, de autoestradas vazias, de tgvs, aeroportos, de reformas miseráveis, de aumentos de ordenados para ganhar eleições, de jamés, de licenciaturas dominicais, de falsas habilitações para estatística ver, de intromissões na vida pessoal de cada um, de imoralidades, de atentados contra a fé das pessoas, de sacos azuis, de sacos rotos, de me saltarem para o bolso, de me roubarem o futuro, de mexerem na minha reforma, da apropriação do futuro dos meus filhos, e dos filhos deles, de corridas matinais para turista ver, de ser olhado de cima pelos europeus  a sério, de mentiras, de mentiras, de mentiras, de mentiras.... para mim, chega. Para qualquer pessoa com dois dedos de testa e que não pretenda chegar ao poder, também chega. Vá para o raio que o parta.
Mas não vá só,por favor.

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