20110426
Descobri recentemente que por vezes o meu olhar é algo indiscreto. Que por vezes posso ser invasivo, que quebro armaduras laboriosamente construídas, muralhas edificadas, que supostamente serviriam para proteger o anonimato. Ou melhor, o isolamento, no qual alguns se refugiam.
Por vezes esta forma de olhar pode ser defeito. Noutras, estou certo, será virtude.
Não fomos concebidos para sermos pequenas ilhas ambulantes, entretidos a cuidar do nosso próprio ecossistema, indiferentes àqueles que por nós passam para saciar a sua sede. Não fomos criados e amados para desfrutarmos dos nossos dons, a nosso belo prazer, enquanto a vida se passa lá fora, se possível bem longe de nós. Preferi sempre acreditar mais em pontes que em muralhas, em caminhos que em muros, em partilhas que em defesas.
Claro que nem tudo são rosas. Demasiadas vezes falo demais, argumento demais, fico tão cheio da minha pretensa clarividência que a única coisa que consigo é magoar alguém. Nessas alturas arrependo-me, peço desculpa e prometo-me solenemente que não voltarei a fazer o mesmo.
Até à próxima vez.
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