Há, na consciência do pecado, uma porta para o divino que seria muito difícil de acontecer com a mesma intensidade numa qualquer outra situação.

Quando me recolho no Evangelho, as personagens que mais me são significativas são, de longe, aquelas que sabem que pecaram. Zaqueu, a Samaritana, a pecadora, são com quem me identifico imediatamente, são aquelas com quem facilmente transponho a minha vida, as minhas circunstâncias e com quem, invariavelmente, aprendo. E o Jesus que é com elas, é o Jesus de quem eu mais necessito e que mais amo. É a este Jesus que eu recorro mais vezes, aflito.

O melhor do pecado é a consciência que peco. é quando não me adio nem me iludo mas sinto claramente que há algo que me desfoca de quem sou chamado a ser. É aí, nesse momento, que me volto com maior verdade para o meu Deus, em busca do socorro do Seu amor. É aí, nessa circunstância de pecador, que eu, muitas vezes por falta de alternativa, me coloco inteiro nas Suas mãos e me confio de corpo e alma. É aí, nesse recolhimento tão necessário quanto profundo e transformador que me sinto verdadeiramente cristão, que sinto que a minha vida sem Cristo seria muito diferente!

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