Eu gosto de mulheres. Muito. Fortes, discretas sensíveis, inteligentes, multifacetadas, extraordinárias. Admiro-as. Bastante. A sua capacidade de adaptação, a sua resiliência, a sua natural dádiva de si, como leoas a tratar dos seus. São destemidas, extraordinariamente argutas, desarmantes. Nada como nós, homens, bacocos ostentadores de capacidades que não temos, exibidores de plumas e cores e músculos apenas para podermos desfrutar da atenção daquelas que verdadeiramente admiramos. Digo-lhes  muitas vezes em tom de (mais ou menos) brincadeira, quando se queixam de nós, que elas é que escolhem mal porque eu jamais me apaixonaria por um homem.

Vi o filme The Post. Que não é sobre um jornal nem sobre a liberdade de imprensa nem sobre o controlo político. É sobre uma mulher. Uma dondoca que a determinada altura tem que assumir uma vida que não escolheu e nunca pensou vir a ser a sua. Uma mulher que vivia num meio masculino numa época em que elas eram pouco mais que bibelots. É fdabulosa a cena em ela desce a escada do tribunal coma  comunicação social do outro lado, e passa por entre as mulheres que têm os olhos postos em si. Muito género, isto: os holofotes nos homens por algo que as mulheres coseguiram.

Há uma imensidão que nos separa. Há uma imensa complementaridade que nos une. Tenho  por isso dificuldade em entender as mulheres que querem ser e fazer o que os homens são e fazem. Na minha opinião, estão apenas a baixar a sua própria fasquia.

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