Como me acontece em momentos de decisão, escrevo e apago, escrevo e apago, no processo que melhor espelha o que me vai na alma. Taizé vem aí e chega na melhor altura. Em Taizé reencontro-me sempre, ajusto as imagens que me habitam, e ganho fôlego para uma nova temporada. Anseio o calor acolhedor daquela capela, as caminhadas a sós mas nunca solitárias, o doce embalar dos cânticos, o encontro profundo na oração, o repouso do meu olhar naquela paisagem junto ao lago, plena de um Deus que se reencontra em cada vida orante. Revisitarei conversas, percorrerei os mesmos caminhos com outros passos, inundar-me-ão as memórias e chorarei. E reconstruirei velhas ruínas, repararei brechas e restaurarei ruas destruídas. As minhas ruínas, as minhas brechas e as minhas ruas. Serão os meus próprios escombros que confiarei a Deus. E como estou a precisar de o fazer!
se repartires o teu pão com o esfomeado e matares a fome ao pobre,
então na escuridão em que vives brilhará a luz,
a tua obscuridade transformar-se-á em meio-dia.
O Senhor será sempre o teu guia,
até em pleno deserto saciará a tua fome e dará vigor ao teu corpo.
Serás como um jardim regado! Como uma fonte abundante, cujas águas nunca secam.
Reconstruirás as velhas ruínas, levantá-las-ás sobre as antigas fundações.
Vão chamar-te "Reparador de brechas e restaurador de ruas destruídas"
Isaías 58, 9-12
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