Um dos principais indicadores do meu cansaço é a falta de paciência. Não com os outros mas comigo, quando estou sozinho. Quando o dia termina, o rádio incomoda-me, chego a casa e não sei o que hei de fazer com  tempo, pego num livro e largo-o, pego noutro e não me satisfaz logo às primeiras páginas, a televisão não passa nada em condições e, como se não chegasse, todas as noites uma qualquer canção perfeitamente estúpida invade-me o sono fazendo com que, invariavelmente, veja nascer o dia de olhos bem abertos. Poucas coisas me chateiam tanto como este tempo intermédio em que estas coisas ainda não acabaram mas as outras ainda não começaram. Em princípio, amanhã, esse tempo terá acabado. Afife, com as suas praias, com a sua calma, com o seu tempo nublado, com as suas noites frias, espera por mim. Amanhã, em princípio, encetarei uma nova recuperação. De mim mesmo.
Boas férias

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