O mar nunca foi meigo, para nós. Assemelha-se àquelas mulheres que quando por nós passam nos causam torcicolos: belas, mas tremendamente perigosas. É assim, o mar.

Este fim-de-semana foi dramático. Perderem-se assim, desta forma, dois miúdos, por causa de uma estupidez, é dramático, é de levar qualquer pai à loucura.
No último verão, em Afife, por pouco perdia naquele mar um sobrinho. Não foi necessário muito: foi com o meu filho com uma pranchinha, a ondulação estava forte, e às tantas ele passou para lá da zona de rebentação e já não conseguia voltar. Valeu-nos na altura o olhar atento e a enorme disponibilidade e competência dos nadadores salvadores que rapidamente o foram buscar. Não esteve por lá muito tempo, mas foi enorme o susto que provocou em todos nós.
É justamente isto o que assusta mais. é fácil, é demasiado fácil, descuidarmo-nos, facilitarmos, pensarmos que temos a situação controlada pois tudo indica que assim seja. e de repente...

Arrepio-me de pensar na dor daqueles pais.

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