Hoje de manhã chateei-me com um dos meus filhos. Nada de mais: eu aqueço a cabeça, eles aquecem a cabeça, discutimos um bocado, mas depois passa rapidamente. Sabemos todos que fazemos demasiado parte uns dos outros para nos podermos dar ao luxo de ficarmos muito tempo chateados.

Por vezes ainda é para mim um bocado esquisito esta coisa de ser pai. Na realidade, esperava que por esta altura me sentisse já suficientemente maduro e seguro de mim para nunca ter dúvidas, para ter sempre a calma necessária, a palavra mais sábia, para poder ajudar como um pai deve ajudar.
Não sei como é que se passa com os outros pais, mas comigo as coisas não são bem assim. Tenho alturas em que a minha solução para os seus problemas e dificuldades é clarinha como água - normalmente é nas alturas em que eles não a querem conhecer. Tenho outras em que a procura da melhor solução, do melhor conselho, anda cá por dentro dias a fio, e mesmo assim... nada! Limito-me a tactear com eles, a ficar atento para melhor lhes poder amparar a queda.

É curioso como os filhos nos deixam permanentemente na corda bamba.
Já dizia o outro que ter filhos é ter permanentemente o coração fora de nós.
Como tinha razão!!!

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