Ontem tive encontro do CoMTigo. Não saí satisfeito comigo. Não estava claro o percurso, de onde iria partir e sobretudo onde queria chegar. E quando os miúdos começaram a colocar as suas questões à procura de respostas eu patinei, transferi a minha falta de clareza para eles. Agora mesmo perguntava-me porque é que isso aconteceu. Não costumo patinar assim, não costumo não ser claro em mim para poder ser claro para os outros. Diria até que essa clareza, esse mastigar para poder alimentar é uma das minhas melhores capacidades. E percebi: eu rezei pouco isto. Certo, não tive tempo para caminhar com isto na cabeça, estive mental e espiritualmente envolvido noutras lides, tudo boas justificações, mas que são apenas isso: justificações. O que importa mesmo é que fui, de certa forma, sobranceiro, confiei excessivamente nas minhas capacidades, no trabalho sem rede, no desenrascanço. E eu não posso não rezar o que vou dizer, o que vou transmitir, o que vou rezar com os outros. E rezar o que vou dizer é pensar nisso sob o guarda chuva da fé, é deixar que acampe cá por dentro e faça caminho, é permitir que o Espírito me trabalhe e me conduza, torne as coisas mais claras em mim para que eu as possa tornar mais claras para os outros. Ontem faltou-me isto. Não acaba o mundo. Mas não pode voltar a acontecer.
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Bambora
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