20161228
Apregoo muitas vezes que há muitas formas de amar. E de amor. Amar é tão tudo que enfiá-lo em conceitos pré definidos é limitá-lo a nós próprios e à nossa forma de amar. Isto quando todos sabemos como o amor é muito mais que nós. No entanto, há formas de amar que dificilmente cabem no amor. Quem ama sabe que volta e meia a coisa dói. Imenso. E dói mais intensamente quanto mais se ama. Diria que faz parte, que dificilmente poderia ser de outra forma, que ou mexe com tudo em nós ou não vale a pena, e se mexe com tudo em nós não mexe apenas quando é bom. Mas apenas entendo a dor no amor quando são dores de crescimento, quando é para acrescentar, para ajustar o ser mais, que exige sempre algum tipo de poda do coração, nem sempre fácil, muitas vezes dolorosa. Será, provavelmente, a maior das ilusões deste nosso tempo, a ideia que é possível amar asseticamente, onde tudo é bom, onde nada custa. Eu incorro muitas vezes nessa ilusão - que ainda mais vezes me acusam de eu próprio criar nos outros - e, invariavelmente, acabo por pagar o seu preço. E dói como o caraças.
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Bambora
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