Devo estar mesmo fragilizado. Nos últimos dias escutei de várias bocas que somos um todo, e por isso o corpo reflete o que nos vai na cabeça. Sei que têm sido muitos os acontecimentos nestes últimos tempos, que têm sido tempos de despedidas. E eu sou péssimo em despedidas. Mas daí a existir alguma repercussão no corpo espero que vá uma longa distância. Senão então não antevejo grande descanso corporal para o que aí vem.

É destes tempos, com certeza, mas ainda ontem via esta foto e invejei o velhote.Ter tamanha liberdade e paz - que acredito que mesmo para o velhote existirá no momento da foto mas não será permanente - será um privilégio que eu quero ir conquistando à medida que o tempo vai passando. Como conciliar essa paz e essa liberdade com as minhas conquistas até aqui é que por vezes me tira o sono. Por um lado, amo o que faço e tenho e construí até hoje. Um longo percurso feito, como todos os percursos, de algum sacrifício mais ou menos apagado pelo sabor da felicidade, e que também por isso não me apetece muito deitar borda fora. Por outros lado, parece-me muitas vezes estúpido ficarmos amarrados ao que somos apenas porque o conquistamos.

Pelo meio, vai-se respirando e amando e sonhando e, fundamentalmente, deixando as portas entreabertas. Nem que seja para não deixar de poder sonhar com uns montes, uma guitarra e uns pássaros em cima da cabeça.

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