Do Evangelho de hoje: Mas Ele perguntou: «Quantos pães tendes? Ide ver.» Depois de se informarem, responderam: «Cinco pães e dois peixes.»

Por vezes há coisas que testemunhei, que escutei de alguém, e depois armam tenda cá por dentro à espera de uma oportunidade de se fazerem vida. Os cinco pães e dois peixes fazem parte desse imenso rol que ainda não consegui tornar realidade. Lembro-me muito vagamente de uma reunião ligada à Pastoral Familiar, ou aos CPM, em que se procurava encontrar uma forma de os casais mais velhos apoiarem os casais mais novos quando eles estivessem em dificuldades. Alguém referiu então que numa paróquia lá para cima a comunidade se organizava nos cinco pães e dois peixes. Cinco casais apoiavam dois na vida quotidiana, cinco famílias apoiavam duas com bens alimentares, cinco jovens apoiavam dois com explicações, cinco escuteiros apoiavam dois idosos nas suas casas... e assim sucessivamente. Ao que parece, essa paróquia encontrou neste número a fórmula certa: dividindo-se a responsabilidade do cuidado por cinco tornava-se menos penoso quer para quem se voluntariava, quer para quem recebia pois não havia aquela pressão tutelar que acontece quando uma pessoa se responsabiliza por outra. Além disso, como tudo era trabalhado em rede, as pessoas sentiam-se envolvidas na comunidade.

Sempre me pareceu uma excelente forma de chegar, efetivamente, aos outros.


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