Não gosto. De nenhuma delas. Mas entendo-as. A ambas.

Não gosto porque não gosto que digam mal de quem é importante para mim. O que não quer dizer que pense que são perfeitos. Longe disso. Quer dizer apenas que amo apesar dos defeitos, apesar da imperfeição, e não é raro descobrir que amo justamente pela humanidade que a perfeição lhes traz. Porque sempre que conheço alguém ou alguma organização perfeita torço o nariz. E descubro sempre que a sua pseudo perfeição não passa de uma fachada muito bonita para ver mas sem conteúdo, sem sumo, sem vida. E a Igreja não é assim. Não é perfeita, não é fachada, não é sem vida. Mais: é uma Igreja que viveu os seus piores momentos quando se julgou perfeita e exigiu a perfeição aos seus como se uma Igreja viva não fosse uma Igreja incarnada na vida e na história dos homens. Imperfeitos.

Percebo que sejam justamente os que não acreditam na Igreja que lhe exijam a perfeição. Percebo melhor que essa exigência venha dos que não têm fé que daqueles que conhecem Jesus e O tornam o seu modelo de vida. Porque uns regem-se por ideais humanos, nós regemos-nos por uma Pessoa. Que ama. Ponto final.

Percebo por isso ambos os cartoons. Porque a pedofilia e a ostentação são duas nódoas da Igreja que, durante anos, teimamos em esconder ou fazer de conta que não existem. Porque ambas - embora com uma dimensão muito diferente na consciência comum dos cristãos - são uma imagem muito triste de quem tem por missão levar Jesus aos outros. Porque ambas dificultam que sejamos nós próprios caminho para os outros.

Apesar de tudo, apesar de as entender, não gosto. De nenhuma delas.

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