Hoje andamos à volta do recomeçar.

As pessoas certinhas na vida e seguras nas convicções normalmente não precisam de recomeçar nada. Mesmo quando cometem erros encaram-nos com absoluta normalidade - eventualmente recriminando-se com severidade - e retomam o seu caminho com a mesma normalidade. Não entendem por isso a necessidade de recomeçar. Para elas, as regras são claras e distintas e quem falha deve ser naturalmente penalizado por isso - como elas próprias se autopenalizam por isso. Recomeçar implica um corte e esse corte não permite entender que se fez mal e não entender que se fez mal propicia um novo erro. Simples e eficaz.

As pessoas erradas na vida e sempre à procura de novas convicções precisam de recomeçar sempre. Para quem vive na procura, os erros são mais frequentes que as certezas encontradas e a auto-satisfação é sempre efémera. Todo o ponto de chegada rapidamente se torna novo ponto de partida e necessidade de... recomeçar. A frustração do erro é rapidamente substituída pelas possibilidades de futuro que fervilham e impulsionam para novo risco, novo arrojo e certeza de que agora é que é... até à próxima!

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