20120207
Sou amigo de um punhado de homens que são exactamente quem eu gostaria de ser: sérios, competentes, firmes, muitíssimo bons naquilo que fazem e reconhecidos por todos. Ainda há pouco tempo admirava a forma serena mas firme como um desses amigos chamava a atenção a um aluno. Sem alaridos, sem levantar a voz, mas confrontando-o olhos nos olhos, de forma a não dar qualquer hipótese de argumentação. Passados alguns dias disse-lhe justamente isso: que se eu alguma vez desse aulas gostaria de ser como ele, de seguir o seu exemplo.
Ainda bem que o fiz. São estas coisas que me fazem verdadeiramente feliz.
Levei muito tempo a aceitar-me tal como sou.Não é fácil. Sempre tive a imensa sorte de estar rodeado de pessoas verdadeiramente encantadoras, como diz o Pe. Almiro, que sempre me fizeram sentir pequenino no meio delas. Por vezes caio no erro de construir determinadas imagens de mim, de me refugiar nelas, de as apregoar aos sete ventos na expectativa que; à força de tanto o ouvirem, os outros não reparem verdadeiramente em mim. Como tudo aquilo que é falso, nunca duram muito tempo. Tenho sempre alguém que me é suficientemente próximo - e que gosta de mim o suficiente - para descobrir a inadvertida tramóia e me ajudar a desmontá-la.
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