Desde que me conheço que tenho um respeito enorme pelo Mestre Tempo. Respeito, não medo, porque acredito que o tempo corre sempre a nosso favor.

Apesar de ter chegado há menos de um mês, Taizé faz já parte daquelas memórias longínquas que quase parece mentira terem acontecido. Depois de Taizé já fiz mil e uma coisas, participei em muitas actividades, tive grandes e pequenas derrotas, grandes e pequenas vitórias. É um pouco como se eu fosse o Japão e o meu quotidiano fosse enterrando experiência atrás de experiência, vivência atrás de vivência, não me permitindo sequer saborear convenientemente aquilo que vou vivendo, sujeito que estou aos malabarismos do tempo.

Paradoxal, esta situação, quando Taizé deveria servir exactamente para parar e viver o meu tempo de uma forma distinta. Mas Taizé, como dizia um amigo, é um oásis onde paramos para abastecer por um curto período de tempo e depois seguimos viagem, para onde a vida acontece. Como em qualquer oásis, temos a sensação que o tempo pára: há água viva, há sombra, há pessoas que, tal como nós, estão de passagem, há tempo para repousar e ganhar forças, há encontro, verdadeiro encontro.

Taizé não é um lugar, é um tempo.
Fora do nosso tempo.
Mas é neste tempo que temos que viver.
Apesar de tudo.

Comentários

Mensagens populares deste blogue