Não consigo entender a persistência da raiva. E do insulto. Eu até sou bastante colérico: facilmente me envolvo numa discussão qualquer que seja o assunto. Mas, Graças a Deus, são cada vez menos as vezes em que perco a cabeça. No entanto, mesmo na altura em que isso acontecia com alguma - bastante - frequência, eram explosões, meras descargas, findas as quais eu sentia uma culpa tão grande para com quem explodia que, em vez de sentir raiva, sentia necessidade de pedir desculpa. Nunca, na minha vida, fiquei com raiva de alguém para além desses breves momentos. Claro que há pessoas de quem gosto menos, claro que há algumas que ignoro, que finjo não ver, que me fazem passar para outro lado do passeio. No entanto, ao mínimo sinal de uma qualquer necessidade sua, sou o primeiro a ajudar. Sei-o porque já aconteceu. E de uma forma estranha: não nos falamos, houve a necessidade, intervim, voltamos ao que era antes, sem qualquer aproximação daí decorrente, sem qualquer mágoa adicional por não ter havido reaproximação. A verdade é que não desejo mal a ninguém. Mesmo! Uma das coisas boas do excesso de jogo de cintura - que leva à complicação em alguns casos - é que é-me relativamente fácil entender as motivações alheias. Entendendo-as, posso até não gostar delas e vida em comum acabou, mas não consigo nunca nem empurrar para a sarjeta nem deixar ficar ma sarjeta. espanta-me por isso tanta raiva que todos os dias leio nas redes sociais. Mesmo como mero vomitanço, é demais!
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Bambora
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